FarmacĂªuticas buscam inclusĂ£o de remĂ©dio contra covid no SUS

A expectativa Ă© que a autorizaĂ§Ă£o ocorra em fevereiro e que, em março, o medicamento possa estar no mercado

Autorizado no Reino Unido primeiro remédio anticovid no mundo

Publicado em: 31/01/2022 Ă s 08:42 | Atualizado em: 31/01/2022 Ă s 08:47

Passada a temporada de aprovaĂ§Ă£o de vacinas, farmacĂªuticas no Brasil trabalham para a autorizaĂ§Ă£o ou inclusĂ£o no SUS de medicamentos contra a Covid-19. A MSD, por exemplo, estĂ¡ em tratativas com a AgĂªncia Nacional de VigilĂ¢ncia SanitĂ¡ria (Anvisa) para a liberaĂ§Ă£o emergencial do antiviral Molnupiravir.

A expectativa Ă© que a autorizaĂ§Ă£o ocorra em fevereiro e que, em março, o medicamento possa estar no mercado.

“AlĂ©m da parte regulatĂ³ria, estamos em conversas avançadas com a Fiocruz. O objetivo Ă© trazer o Molnupiravir ao paĂ­s por meio de uma colaboraĂ§Ă£o tecnolĂ³gica. O que dĂ¡ Ă  instituiĂ§Ă£o a possibilidade de ter etapas do processo produtivo”, afirma MĂ¡rio Ferrari, diretor da unidade de negĂ³cios de infectologia da MSD.

Em patamar anterior estĂ¡ a Pfizer, que iniciou conversas com a agĂªncia em relaĂ§Ă£o ao seu antiviral, mas ainda nĂ£o pediu para usar a droga emergencialmente. Aos tĂ©cnicos, representantes da empresa disseram que devem fazer a solicitaĂ§Ă£o ainda em fevereiro.

Enquanto isso, medicamentos que jĂ¡ passaram pelo crivo da Anvisa pediram, no começo deste ano, o aval da ComissĂ£o Nacional de IncorporaĂ§Ă£o de Tecnologias no SUS, a Conitec. É o caso do anticorpo monoclonal — um tipo de medicamento biolĂ³gico desenvolvido em laboratĂ³rio — da sul-coreana Celltrion Healthcare, o Regkirona. TambĂ©m Ă© a situaĂ§Ă£o do Olumiant, da farmacĂªutica Eli Lilly. Usado originalmente no tratamento de artrite reumatoide, o Olumiant teve resultados positivos para a Covid-19 e recebeu autorizaĂ§Ă£o da Anvisa para este uso.

Por Ăºltimo, hĂ¡ o antiviral em infusĂ£o Rendesivir, batizado comercialmente de Veklury. No ano passado, o fĂ¡rmaco chegou a receber aval negativo da Conitec sob a justificativa de falta de benefĂ­cio claro de seu uso.

Ao GLOBO, a farmacĂªutica Gilead Sciences, responsĂ¡vel por seu desenvolvimento, disse que apresentarĂ¡ um novo pedido ao comitĂª.

“Hoje estamos disponĂ­veis sĂ³ na rede privada brasileira. Vamos submeter novamente o pedido Ă  Conitec porque temos dados novos e consistentes que mostram a reduĂ§Ă£o da mortalidade”, diz Christian Schneider, diretor geral da Gilead no Brasil.

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Foto: DivulgaĂ§Ă£o/Merck & Co.