Fiocruz mostra que cidades das fronteiras brasileiras têm baixa vacinação

Pesquisador diz que muitas falhas estão acontecendo em áreas de fronteiras, o que é muito preocupante em relação à entrada de novas variantes

Fiocruz mostra que cidades das fronteiras brasileiras têm baixa vacinação

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 24/01/2022 às 07:45 | Atualizado em: 24/01/2022 às 08:08

O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) mostra no relatório Monitora-Covid 19, cidades que fazem fronteira com outros países têm baixa vacinação.

Como resultado, esses dados são piores no Norte do país. Com isso, é motivo de alerta de grupos de estudos científicos que acompanham a imunização no Brasil. Informa o Correio Braziliense.

De acordo com a publicação, municípios como Tabatinga, que faz parte da tríplice fronteira entre Amazonas, Peru e Colômbia; Oiapoque, fronteira entre o Amapá e Guiana Francesa.

Assim como, Uiramutã, tríplice fronteira entre Roraima, Venezuela e Guiana, estão abaixo dos 30% da vacinação completa — ao menos duas doses.

Christovam Barcellos, pesquisador titular do Laboratório de Informação em Saúde do Icict, que esteve à frente do estudo, disse provocar apreensão a vulnerabilidade nesses locais.

De acordo com ele, a falta de fiscalização sobre a entrada e a saída de viajantes vacinados e à exigência do passaporte sanitário pode agravar a pandemia.

“Muitas das falhas de vacinação estão acontecendo em áreas de fronteiras, o que é muito preocupante em relação à entrada de novas variantes ou surtos locais que podem se espalhar para o Brasil inteiro”, explicou.

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Ainda segundo o Correio Braziliense, questionada pela reportagem sobre a razão da baixa vacinação no interior, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM) explicou, em nota:

“Os profissionais de saúde relatam dificuldades no processo (de imunização”. “Entre elas, está o receio de reação após a aplicação da dose da vacina e questões psicossociais”.

Contudo, não detalhou quais seriam. Além disso, informou haver “dificuldade de conectividade à internet e inserção das informações no sistema oficial do Ministério da Saúde”.

Leia mais no Correio Braziliense.

Foto: Fiocruz/Divulgação