De Manaus, general espionava Dilma em Brasília

Detalhe é revelado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha no livro “Tchau, Querida — O Diário do Impeachment”

Villas Bôas general

Da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 05/04/2021 às 05:56 | Atualizado em: 05/04/2021 às 20:00

Comandante Militar da Amazônia, de 2011 a 2014, o general Eduardo Villas Bôas, um dos militares mais ativos do governo Bolsonaro, quando chefe do CMA, em Manaus, guardava um olhar muito distante da região.

Sua preocupação era espionar a rotina da então presidente Dilma Rousseff, que anos depois viria a ser afastada pelo Congresso.

A revelação está no livro “Tchau, Querida — O Diário do Impeachment”, do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. A obra começou a ser escrita quando ele foi preso por corrupção em 2016.

O livro vai ser publicado na semana que vem, no dia 17.

Mas a revista Veja, em sua principal reportagem da semana, com o título “Diário de uma vingança”, antecipou alguns detalhes do que virá na publicação.

Sobre a espionagem feita por Villas Bôas, de Manaus, a Veja diz:

“Um dos mais surpreendentes trechos de Tchau, Querida aborda a relação das Forças Armadas com Dilma. À essa altura, Cunha levanta uma grave suspeita sobre o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas. Em uma viagem em companhia do militar à Amazônia, o ex-deputado chegou à conclusão de que o general recebia informações sobre cada passo da petista. ‘Ele demonstrava conhecer a rotina do palácio com uma desenvoltura que não seria possível sem fontes internas (…). A conclusão a que eu cheguei era que Dilma não sabia, mas era vigiada o tempo todo dentro do palácio. Até visitas que recebia, telefonemas a que atendia, tudo era do conhecimento dos militares'”, diz um trecho da reportagem.

Leia a matéria na versão eletrônica da revista.

Foto: Divulgação/PR