Governador tacha de “risível” comitê contra corrupção da ALE-AM

Publicado em: 08/11/2017 às 14:04 | Atualizado em: 08/11/2017 às 14:04

Ao ser perguntado sobre o que achava do comitê de combate à corrupção criado pela Assembleia Legislativa (ALE-AM), o governador Amazonino Mendes (PDT) reagiu assim (depois que o chefe da Casa Civil esclareceu sobre o que estava querendo saber um repórter):

“Ahhh! Isso é risível. É para inglês ver. É brincadeira. Que comitê, pra que comitê? Isso é colocação politiqueira”.

Amazonino afirmou que não ser corrupto é obrigação, e que acabara de cobrar isso na reunião que fez com seus secretários.

O projeto de lei aprovado na ALE-AM no último dia 1º, criando o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção no Amazonas, foi enviado pela atual presidente da casa, David Almeida (PSD), quando foi governador interino, de 9 de maio a 4 de outubro deste ano.

Esse comitê é para ficar vinculado à Controladoria-Geral do Estado. Veja o que Amazonino pensa desse órgão:

“Aqui tínhamos ouvidoria. Pra que ouvidoria? Foi criada lá atrás por mim [em governos anteriores. Ele é governador pela quarta vez]. Nunca funcionou. Tinha uma controladoria, criada por mim lá atrás. Nunca funcionou. A gente tem de ter coisa pra funcionar, pra valer. Não é pra fazer mise-en-scène (encenação) política”, disse o governador, acrescentando que esses órgãos viraram “h” (faz de conta).

Amazonino disse que a Assembleia Legislativa, ao lado do Ministério Público e o Tribunal de Contas (TCE), são órgãos fiscalizadores do Executivo.

“E tem de cumprir o papel deles. A assembleia tem de agir nesse sentido, sob pena de se virar apenas uma coonestadora [que disfarça] de posições”.

 

Foto: BNC