Governadores pedem ajuda ao Partido Comunista Chinês 

No encontro com embaixador chinês, cinco governadores buscam solução para enfrentar o coronavírus.

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 26/03/2020 às 06:00 | Atualizado em: 26/03/2020 às 02:54

Um grupo de governadores, liderado por João Doria (foto), está buscando ajuda do Partido Comunista Chinês (PCC). A finalidade é discutir estratégias no combate ao coronavírus. De acordo com o site Brasil Sem Medo, a reunião foi na terça-feira (24). De acordo com o site, o encontro se deu com o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming.

Publicamente, Yang ficou conhecido depois de passar mensagens desrespeitosas à família presidencial. Na ocasião, ele discutia com o deputado Eduardo Bolsonaro 

Participaram da conferência cinco governadores. São eles: João Doria (PSDB-SP), Helder Barbalho (MDB-PA), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Romeu Zema (Novo-MG). 

Segundo nota oficial da embaixada Chinesa do Brasil, durante a reunião, os governadores elogiaram a China.  De acordo com a nota, o elogio foi ao êxito na contenção interna do coronavírus.  

Da mesma maneira, os governadores teriam elogiado a contribuição da China pela segurança do mundo. 

 

Governadores

“Os governadores disseram apreciar muito a resposta da China à epidemia e os notáveis resultados alcançados. Também avaliaram positivamente a contribuição da China para a manutenção da segurança pública mundial”.

De acordo ainda com a nota, os governadores “agradeceram à China o compartilhamento das informações de prevenção e controle. Do mesmo modo, expressaram sua esperança de aprender com a experiência da China.

De acordo ainda com a nota, esse aprendizado fortalece ainda mais a cooperação antiepidêmica com a China”.

Dentre outras coisas, conversou-se sobre a possibilidade de que os chineses disponibilizem, além de equipamentos médicos, conhecimento técnico para o enfrentamento da nova peste. 

 

Aliado da China

Referindo-se a Doria, a nota destacou que a capital paulista, centro econômico do país, é também a maior aliada da China. E por isso,é importante, neste momento de crise, que se estreitem ainda mais os laços comerciais e culturais entre chineses e a administração paulista. 

“A China está disposta a trabalhar com os governos locais do Brasil, incluindo o estado de São Paulo, para manter um desenvolvimento estável do comércio bilateral entre os dois países, especialmente nos tempos difíceis atuais, para implementar constantemente projetos pragmáticos de cooperação e resistir conjuntamente ao impacto da epidemia”. 

 Movimento Doria 

O governador paulista tem liderado um movimento que reúne outros governadores, prefeito e parlamentares. Também se incluem membros do judiciário e veículos de imprensa. Segundo o site Brasil Sem Medo, o objetivo desse grupo é isolar o presidente Jair Bolsonaro. 

Na contramão das diretrizes de Brasília, diz o site, o que esse grupo pretende é tomar medidas independentes e descoordenadas no enfrentamento da epidemia.   

Na esteira de Doria, que ontem (25) mesmo se envolveu num entrevero com Bolsonaro, Ronaldo Caiado entrou em cena. O governador de Goiás, até então aliado do presidente, rompeu publicamente com o presidente. Irritado, Caiado chamou Bolsonaro, entre outras coisas, de “ignorante”. 

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Foto: Reprodução/Mais Sudeste