Governadores buscam vacinas emergenciais pelo esforço diplomático

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), colocou o tema em debate em um grupo virtual dos governadores, nesta quarta (3)

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Publicado em: 03/03/2021 às 15:45 | Atualizado em: 03/03/2021 às 15:45

Governadores começam a defender um esforço diplomático do Brasil para aquisição de doses emergenciais de vacinas contra o coronavírus (covid-19). Foi o que aconteceu, nesta quarta-feira (3), em Porto Alegre.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), colocou o tema em debate em um grupo virtual dos governadores, conforme publica o blog do Camarotti, no G1.

Diante do agravamento da pandemia no país e do alastramento da variante brasileira da covid, governadores defenderam a proposta de Leite (foto).

A percepção é de que diante da variante brasileira, que tem assustado o mundo, países, laboratórios e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) poderiam destinar doses emergenciais para controlar a pandemia no país. 

Mas há a percepção entre governadores de que isso teria que ser feito por uma articulação envolvendo o Palácio do Planalto e o Itamaraty. 

“Meus caros, o mundo está assustado com a nova variante brasileira do coronavírus. Não seria o momento para que houvesse um esforço diplomático para o Brasil conseguir vacinas emergenciais com outros países? Podemos tentar um movimento para cobrar do Planalto-Itamaraty uma articulação para doses emergenciais, talvez com apoio na OMS?”, questionou Eduardo Leite, para em seguida completar: 

“Todos estamos buscando frentes para aquisição de vacinas e esbarramos na falta de disponibilidade no mercado. Vamos precisar de articulação para buscar antecipar entregas, e isso demandará esforço diplomático”.

Otimismo e pessimismo

De forma reservada, embaixadores de representações diplomáticas no Brasil avaliam que esse é um tema que pode ter aceitação de outros países. Mas que seria preciso uma articulação do Itamaraty. 

Para governadores ouvidos pelo blog, esse talvez seja o maior obstáculo para conseguir doses emergenciais. 

“Se esperarmos por uma ação do Planalto, do Itamaraty e do Ministério da Saúde, não acontecerá nada. O Ministério da Saúde está perdido. E quando tem algum caminho, tem que ser submetido ao presidente Jair Bolsonaro”, disse ao blog um governador, em tom pessimista.

Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini