Governo abre mão de concurso e coloca 7 mil militares em funções do INSS
A ideia de incluir reservistas é mais prática para o governo por não ser necessária a contratação de terceirizados

Mariane Veiga
Publicado em: 16/01/2020 às 13:37 | Atualizado em: 16/01/2020 às 13:37
O governo federal anunciou que vai recrutar 7 mil militares da reserva para que atuem em funções de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os servidores poderão trabalhar nas análises do órgão. Atualmente existem cerca de 1,3 milhões de pedidos de benefício que ainda não passaram por análise, a intenção é desenrolar esses serviços.
O governo viu a necessidade de convocar os militares inativos para solucionar o problema da fila de espera. A medida está prevista no recém-estruturado regime dos militares, aprovado no Congresso Nacional.
Segundo o texto, o militar reserva que prestar serviços de caráter civil, voluntário e temporário, ganhará 30% adicional de remuneração. Essa quantia deverá ser paga pelo órgão contratante, no caso, o INSS.
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A ideia de incluir reservistas na operação de diminuição de filas no INSS é mais barata e ágil, podendo excluir a contratação de terceirizados. Atualmente, as Forças Armadas contam com cerca de 150 mil militares reservas que seriam qualificados para as funções.
Além disso, essa será uma das primeiras vezes em que se recruta reservistas para atividades civis no serviço público, já que anteriormente esses militares só podiam participar das chamadas Tarefa por Tempo Certo (TTC), que tinha um determinado prazo de função.
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Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil