O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse hoje, dia 23, que estuda enviar o exército para combater as queimadas na Amazônia por meio de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Segundo ele, a decisão será tomada ainda hoje. “É uma tendência determinar uma GLO. A tendência é essa, a gente fecha agora de manhã”, disse, ao deixar o Palácio da Alvorada.
De acordo com Bolsonaro, houve uma reunião para tratar do assunto. “O que tiver ao nosso alcance nós faremos. O problema é recurso”, ressaltou.
Em despacho publicado ontem em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o presidente já havia determinado que todos os ministérios, de acordo com suas competências, adotem “medidas necessárias ao levantamento e combate a focos de incêndio na região da Amazônia Legal para a preservação e a defesa da Floresta Amazônica”.
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República (PR), as missões de GLO ocorrem nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública.
Nessas ações, as forças armadas agem por tempo limitado, com o objetivo de preservar a ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições.
Mobilizações
Organizações não governamentais (ONGs) promovem, entre hoje (23) e domingo (25), mobilizações em defesa da Amazônia em várias cidades do país e do exterior. Segundo o Greenpeace, estão previstos atos em pelo menos 12 cidades brasileiras
Polêmica
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, se manifestou na noite desta quinta-feira, dia 22, sobre os incêndios florestais na Amazônia e disse que a região está segura.
Em uma postagem no Twitter, ele atribuiu as queimadas ao período de seca.
“A #Amazônia brasileira está segura! Lá morei e sei que incêndios são episódicos em período de seca”, escreveu. Na postagem, Mourão criticou o que chamou de uma tentativa de transformar o problema em uma crise internacional. “Transformá-los em crise, esquecendo as tragédias que o fogo causou nos EUA e Europa, é má-fé de quem não sabe que os pulmões do mundo são os oceanos, não a Amazônia”, acrescentou.
Fonte: Agencia Brasil
Leia mais
Foto: PR/ Marcos Corrêa