Apesar de frequentemente dar ênfase a temas relacionados às mudanças climáticas em eventos internacionais, o governo Lula da Silva (PT) ainda não atendeu ao pedido de servidores públicos do meio ambiente por melhores condições de trabalho.
A paralisação da classe completa 70 dias nesta terça-feira (12) e ameaça trazer de volta as altas taxas de desmatamento na Amazônia e favorecer o avanço de garimpeiros na Terra Indígena Ianomâmi.
Até fevereiro de 2024, o movimento provocou uma queda de 89% na emissão de autos de infração para casos de desmatamento na Amazônia por parte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Foram 83 advertências do tipo. Em 2023, durante o mesmo período, 770 autos de infração foram entregues. Os dados foram compilados pela Ascema Nacional (Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente).
De acordo com a organização, o valor aplicado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) em multas ambientais no bioma também apresentou redução significativa: foi de R$ 22,6 milhões nos 2 primeiros meses de 2023 para R$ 3,3 milhões no começo de 2024. A variação representa uma queda de 85%.
Desde 2 de janeiro, funcionários do Ibama, ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro anunciam a interrupção de ações que demandam algum tipo de deslocamento de equipes para atuar em campo.
A paralisação inclui atividades de fiscalização de desmatamento, operações de retiradas de garimpeiros em terras indígenas e liberações de licenciamento ambiental para obras. Segundo a Ascema, 90% dos funcionários aderiram à suspensão das atividades em questão.
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Foto: Ibama/ Divulgação