Gripe, resfriado ou covid; saiba quais são as diferenças

Epidemiologista afirma que gripe e covid têm sintomas parecidos: febre alta, dor de cabeça, dores nas articulações, constipação nasal, tosse e garganta inflamada

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Publicado em: 28/12/2021 às 20:45 | Atualizado em: 28/12/2021 às 20:45

Os casos de gripe provocados especialmente pelo vírus Influenza do tipo A-H3N2 têm deixado as secretarias de Saúde em alerta.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, onde todos os registros de infecções pelo H3N2 foram em dezembro, já há a confirmação de ao menos uma morte. Uma idosa de 67 anos, moradora de São Francisco de Paula, conforme publicação do GauchaZH

Com sintomas parecidos, gripe e covid-19 impõe desafios para a diferenciação.  

De acordo com Eduardo Sprinz, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, os sintomas provocados pelo H3N2 são os clássicos da gripe: febre alta com início agudo, dor de cabeça, dores nas articulações, constipação nasal, tosse e inflamação da garganta.

Em alguns casos, pode haver vômito e diarreia. Todos possíveis na covid-19. 

“O ideal é que seja feito um teste PCR para Influenza logo no início. Isso porque há um medicamento antiviral que, quando tomado de forma precoce, consegue mudar o percurso da doença”, afirmou. 

O  epidemiologista também destaca que ambas as doenças podem levar a internação.  

 “A gripe com certeza pode levar à hospitalização, principalmente de pessoas que estão nos extremos das idades ou que têm comorbidades. Eles estão mais propensos a desenvolver uma forma uma pouco mais grave da doença, com comprometimento pulmonar. Felizmente, a taxa de complicação da H3N2 é muito menor do que a da covid-19”.

Regras de segurança

Tudo o que é ensinado para evitar a transmissão do coronavírus (covid) também serve para proteger a população da H3N2.

Uso de máscara e distanciamento social são algumas das medidas básicas. Estar imunizado e ficar em isolamento, em caso de sintomas, também é orientação para se evitar contrair e transmitir as duas doenças, orienta o epidemiologista.

Foto: Kássio Morães/FVS-RCP