Guerrilheiros das Farc podem estar passando armas para PCC e FDN

Publicado em: 23/01/2017 às 18:51 | Atualizado em: 23/01/2017 às 18:51

Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o arsenal de armas dos dissidentes das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) pode estar indo parar nas mãos das facções criminosas que causam crise no sistema penitenciário brasileiro, como Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho (CV), Família do Norte (FDN) e outras.

“Com o acordo de paz [descumprido], o arsenal deles está ficando uma parte na mão dos dissidentes ou mesmo não sendo entregue. Essas armas podem vir a chegar aos nossos centros metropolitanos, agravando a crise de segurança [pública no país]”, segundo ele. (Na foto, armas apreendidas em Humaitá)

O ministro disse que há dissidentes das Farc atuando nas áreas de selva amazônica, que compreende o território de oito países, a chamada Amazônia Legal.

Além disso haveria pelo menos 400 guerrilheiros do grupo peruano Sendero Luminoso ainda em atividade.

A avaliação do ministro foi feita depois da visita à região de fronteira do Amazonas com os maiores produtores mundiais de cocaína, Peru e Colômbia, no último dia 18.

Jungmann foi ver como estão sendo empregados 21 mil militares ao longa dos 9.762 quilômetros de fronteira brasileira da região com Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. Nessa extensão, em apenas 150 quilômetros as Forças Armadas atuam com “poder de polícia”, com 1.500 militares.

O comandante Militar da Amazônia (CMA), general Geraldo Miotto, reafirma a visão de Jungmann. Segundo ele, há um grupo de 200 guerrilheiros da Frente Número 1, das Farc, que não aceitou acordo de paz.

Com informações da Agência Brasil.

 

Foto: Reprodução/acriticanews.com