Haddad defende reajustes salariais para os trabalhadores
Ministro da Fazenda afirma que nĂ£o Ă© possĂvel corrigir sete anos de mĂ¡ gestĂ£o em apenas dois e destaca reajustes do salĂ¡rio mĂnimo, correĂ§Ă£o da tabela do IR e medidas para reduzir preços.

Publicado em: 07/02/2025 Ă s 13:14 | Atualizado em: 07/02/2025 Ă s 13:14
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (7/2) que nĂ£o Ă© possĂvel “corrigir sete anos de mĂ¡ administraĂ§Ă£o em dois anos”, em referĂªncia aos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, a falta de reajustes salariais durante esse perĂodo prejudicou os trabalhadores e reforçou a necessidade das polĂticas implementadas pelo governo atual.
Em entrevista Ă rĂ¡dio Cidade, de Caruaru (PE), Haddad destacou que o salĂ¡rio mĂnimo permaneceu congelado por sete anos, mas que, desde o inĂcio do governo Lula, jĂ¡ foi reajustado de R$ 1.100 para R$ 1.518. “Obviamente, vocĂª nĂ£o consegue corrigir sete anos de mĂ¡ administraĂ§Ă£o em dois”, disse o ministro.
Haddad tambĂ©m criticou a oposiĂ§Ă£o, afirmando que “o pessoal da direita” era contra o reajuste do salĂ¡rio mĂnimo acima da inflaĂ§Ă£o e que o governo Lula corrigiu a tabela do Imposto de Renda, beneficiando os mais pobres. “O governo Bolsonaro cobrava impostos de quem ganhava atĂ© dois salĂ¡rios mĂnimos, e o presidente Lula acabou com isso. Agora queremos ampliar a faixa de isenĂ§Ă£o para quem ganha atĂ© R$ 5.000”, afirmou.
Desafios econĂ´micos e crĂticas Ă imprensa
A fala de Haddad ocorre em meio Ă queda de aprovaĂ§Ă£o do governo Lula no Nordeste, regiĂ£o historicamente petista. Segundo pesquisa Quest/Genial, a aprovaĂ§Ă£o do governo caiu oito pontos percentuais, embora ainda mantenha Ăndices favorĂ¡veis na regiĂ£o.
O ministro tambĂ©m rebateu crĂticas sobre o aumento dos preços dos alimentos, mencionando medidas adotadas para aliviar a situaĂ§Ă£o, como a isenĂ§Ă£o de impostos federais da cesta bĂ¡sica e uma emenda constitucional que, a partir de 2027, impedirĂ¡ os Estados de cobrarem impostos sobre esses produtos.
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Ele associou a alta dos preços a fatores externos, como a seca, as enchentes no Rio Grande do Sul e a eleiĂ§Ă£o de Donald Trump nos Estados Unidos, que impulsionou a valorizaĂ§Ă£o do dĂ³lar. “Mesmo com esses fatores, os preços estĂ£o abaixo do que estavam quando Lula assumiu o governo de Bolsonaro”, garantiu.
Expectativa de melhora com o Plano Safra
Haddad tambĂ©m demonstrou esperança na reduĂ§Ă£o dos preços dos alimentos com a colheita recorde prevista para março, impulsionada pelo Plano Safra 2024, que disponibilizou R$ 475,5 bilhões em crĂ©dito para mĂ©dios produtores. “Vamos colher alimentos e grĂ£os como nunca colhemos”, afirmou o ministro, destacando que o programa Ă© uma das estratĂ©gias do governo para estabilizar os preços e fortalecer a economia.
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/AgĂªncia Brasil