Hapvida demite médico que se negou a receitar cloroquina
O medicamento Ă© desaconselhado por diversas entidades de saĂºde internacionais e nacionais, apĂ³s inĂºmeros estudos apontarem que Ă© ineficaz contra o coronavĂrus

Publicado em: 14/08/2020 Ă s 10:43 | Atualizado em: 14/08/2020 Ă s 10:43
A Hapvida Ă© acusada de pressionar mĂ©dicos a prescrever medicamento sem comprovaĂ§Ă£o cientifica e desaconselhado por vĂ¡rias entidades. Esta, portanto, Ă© uma das maiores operadoras de saĂºde do Brasil.
“Reforço a importĂ¢ncia do uso da hidroxicloroquina”, escreveu um dos coordenadores da operadora Hapvida no interior de SĂ£o Paulo. A mensagem foi compartilhada no fim de julho em grupos de WhatsApp de mĂ©dicos que prestam serviços Ă empresa, uma das maiores da Ă¡rea de saĂºde privada do paĂs, na regiĂ£o de RibeirĂ£o Preto (SP).
“Estamos revisando os prontuĂ¡rios diariamente, estamos vendo que alguns colegas nĂ£o estĂ£o prescrevendo”, afirmou o coordenador, que tambĂ©m Ă© mĂ©dico.
Ainda na mensagem, ele foi enfĂ¡tico sobre a prescriĂ§Ă£o do medicamento.
“A partir de hoje, TODOS os pacientes irĂ£o sair com a medicaĂ§Ă£o da hidroxicloroquina (exceto os contraindicados)”, afirmou.
AlĂ©m disso, no texto, ele ressaltou que o remĂ©dio deve ser entregue. Dessa forma, atĂ© mesmo ao paciente que assinar um termo de recusa da medicaĂ§Ă£o, “para caso, no futuro, mude de ideia”.
Em outra mensagem, o mesmo coordenador afirma que os mĂ©dicos que nĂ£o concordarem com a prescriĂ§Ă£o da hidroxicloroquina podem ser substituĂdos nos plantões da Hapvida.
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Foto: Marcelo Casal/AgĂªncia Brasil
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