Homem que participou dos crimes no Javari se entrega à polícia de SP

Disse que morava em Atalaia porque fugia de facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro, que o ameaçou de morte.

Conflito de versões leva polícia a ouvir suspeitos de crimes no Javari

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 23/06/2022 às 12:35 | Atualizado em: 23/06/2022 às 12:39

Um homem que, segundo ele, participou dos crimes no Vale do Javari se entregou hoje (23) numa delegacia no Centro de São Paulo.

À polícia, portanto, ele informou que participou dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips no Amazonas. Como informa o g1.

Trata-se de Gabriel Pereira Dantas, de 26 anos. Ele contou que viu quando os executores atiraram nas vítimas e que os ajudou a jogar os pertences delas no rio.

Dessa forma, a Polícia Civil ouviu seu depoimento e informou que ele seria apresentado à Polícia Federal (PF), responsável pela investigação.

Então, Bruno e Dom foram assassinados por pescadores ilegais no Vale do Javari.

Segundo a publicação, Gabriel contou que procurou a Polícia Militar (PM) porque participou das mortes deles, a quem, chamou de “dois turistas”.

A princípio, Bruno e Dom viajaram para o Vale do Javari, entre as cidades de Atalaia do Norte e Guajará. A localidade fica na tríplice fronteira Brasil, Peru e Colômbia, quando desapareceram no dia 5 de junho.

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Pelado

Ainda conforme o g1, Gabriel falou que estava bebendo com Pelado, que o chamou pilotar sua canoa e saíram.

O homem também disse que não saiba o que o colega iria fazer, mas que o viu atirando primeiro em Dom e depois em Bruno.

Portanto, depois, segundo Gabriel, Pelado chamou mais dois homens. E que os ajudou a “dar fim nas coisas de Bruno e Dom, jogando as mochilas e coisas na margem do rio.”

Além disse falou ainda que depois disso fugiu, passando por Santarém, Manaus e Rondonópolis até chegar em São Paulo.

Sobretudo, disse que morava em Atalaia porque fugia do Comando Vermelho, facção criminosa oriunda do Rio de Janeiro, que o ameaçou de morte.

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Foto: Divulgação/PF