Hospital onde Bolsonaro está internado pode ser processado
Isso porque o hospital permitiu a entrada de pessoas sem autorização na UTI, o que também pode comprometer a recuperação dos pacientes.

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 25/04/2025 às 17:24 | Atualizado em: 25/04/2025 às 17:27
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) decidiu abrir uma investigação contra o Hospital DF Star, em Brasília. O hospital abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente internado. A apuração ocorre porque o hospital permitiu a entrada de pessoas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) sem a devida autorização. Entre elas, uma oficial de justiça que entregou uma intimação a Bolsonaro na última quarta-feira (23).
Em nota, o CRM-DF afirmou que o acesso irregular compromete a recuperação dos pacientes. Além disso, aumenta o risco de infecções hospitalares. O Conselho também ressaltou que as UTIs exigem ambientes rigorosamente controlados. Visitas devem ser restritas, com autorização médica e uso obrigatório de equipamentos de proteção.
Embora tenha aberto o procedimento, o CRM-DF informou que a investigação seguirá sob sigilo processual.
Durante a internação, Bolsonaro recebeu aliados. Também realizou uma live e concedeu entrevista ao SBT. Como resultado, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a entrada da oficial de justiça. Segundo Moraes, o ex-presidente mantinha intensa atividade pública mesmo estando na UTI.
Aliados afirmaram que o episódio causou um pico de pressão em Bolsonaro.
Em outra frente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) também se manifestou. Em nota divulgada nesta sexta-feira (25), o órgão reforçou que o desrespeito a protocolos de acesso às UTIs precisa ser apurado. Para o CFM, a prática representa risco à saúde e à vida dos pacientes.
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Foto: jairmessiasbolsonaro/Instagram/reprodução