Investigação de fake news de Bolsonaro no STF é prorrogada
No ano passado o presidente da República associou a vacinação contra Covid a um risco de desenvolver Aids

Ferreira Gabriel
Publicado em: 06/04/2022 às 16:28 | Atualizado em: 06/04/2022 às 16:28
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou nesta quarta-feira (6), por mais 60 dias, o inquérito que apura a fake news divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro. Sobre o caso, no ano passado ele associou a vacinação contra Covid a um risco de desenvolver Aids.
Essa relação, que não existe, foi feita pelo presidente em uma transmissão nas redes sociais.
A decisão do ministro atende a um pedido da Polícia Federal, feito pela delegada da PF Lorena Lima Nascimento na semana passada. A investigação foi aberta no dia 3 de dezembro de 2021, com a autorização do ministro.
Moraes também autorizou que a PF encaminhe ofício ao Google para que a empresa forneça, em 10 dias, o vídeo da live do presidente que gerou a investigação.
Transmissão na internet
A notícia falsa relacionando a vacina e a doença foi divulgada pelo presidente em uma live nas redes sociais no dia 22 de outubro, e desmentida pelo Fato ou Fake, por especialistas e por outras plataformas de checagem nas horas seguintes. A live de Bolsonaro foi retirada do ar por Facebook, YouTube e Instagram.
Na transmissão, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo Aids “muito mais rápido que o previsto”. A afirmação é falsa, e não há qualquer relatório oficial que faça essa associação.
Na semana seguinte, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, reafirmou que as vacinas usadas no Brasil são seguras, e que nenhuma delas aumenta a “propensão de ter outras doenças”.
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Foto: Isac Nóbrega/PR