Investigação vê ligação de sites com “gabinete do ódio” de Bolsonaro

Endereços na internet ganharam até R$ 100 mil por mês para disseminar informações do Planalto nos atos antidemocráticos no país

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Publicado em: 04/12/2020 às 15:06 | Atualizado em: 04/12/2020 às 15:31

A conclusão do inquérito sigiloso que apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos aberto em abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostra a relação entre a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) com youtubers.

O inquérito aponta, segundo o Estadão, que o assessor especial da Presidência Tércio Arnaud Tomaz e o Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens, atuam como interlocutores do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos dentro do Palácio do Planalto.

Na investigação, Tércio é apontado como elo entre governo e youtubers, que possuem acesso privilegiado a Bolsonaro e informaram faturamento de mais de R$ 100 mil por mês com anúncios nos seus canais.

 

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Além disso, em depoimento, Tércio disse repassar vídeos de Bolsonaro e participar de grupo de WhatsApp com os blogueiros para “discutir questões do governo”.

A investigação ainda está em andamento e, até o momento, mais de 30 pessoas já foram ouvidas, entre elas os filhos do presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro.

A Secom não se manifestou sobre o assunto.

 

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Foto: Ricardo Moraes/Reuters