O perfil dos gastos militares do Brasil apresentou mudanças nos primeiros anos do governo Lula da Silva (PT), com aumento nos investimentos e redução no gasto com pessoal, em comparação com a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Em 2022, último ano de Bolsonaro na presidência da República, o Brasil colocou 6,8% de seu orçamento de defesa em investimentos.
Já no ano passado, foram 7,4%. Em valores corrigidos pela inflação, a rubrica passou de R$ 8,6 bilhões para R$ 9,2 bilhões.
Sob a gestão do ministro da Defesa, José Mucio, além da taxa de investimentos no setor subir em 2023, a despesa com pessoal caiu de 80% para 78,2%, o que reflete a ausência de reajustes para os militares.
Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta distorções estruturais, como a alta participação de inativos nas despesas com pessoal, que representam 60% dessa fatia.
Reformas, como a previdenciária dos militares e um novo projeto de aposentadoria, ainda não conseguiram resolver o problema de forma definitiva.
Em termos de investimentos em defesa, o Brasil segue abaixo da meta estabelecida pela Otan, que recomenda 20% do orçamento de defesa para programas e equipamentos. Em 2023, o país investiu apenas 7,4%, uma leve melhoria, mas ainda distante do padrão internacional.
Enquanto a Otan também estipula que os países da aliança devem destinar 2% do PIB para a defesa, o Brasil mantém um índice em torno de 1%.
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Foto: Ricardo Stuckert