De acordo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o distanciamento social diminuiu 20% em todo o Brasil desde o final de março.
Manaus é um exemplo dessa redução, diariamente é possível notar aglomerações em feiras e bancos da cidade e muitos carros nas ruas.
Os pesquisadores alertam que as políticas de distanciamento têm se tornado progressivamente descentralizadas, o que pode levar a uma saída desordenada e caótica da quarentena.
O Ipea analisou os períodos de 23 a 27 de março e de 4 a 8 de maio.
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Enquanto o rigor do índice de medidas legais de distanciamento adotadas por estados e municípios caiu 10%, o isolamento social caiu 20% na comparação entre os dois períodos.
Na primeira semana da quarentena, entre 23 a 27 de março, as medidas legais de distanciamento foram classificadas com 6,6 pontos numa escala de 0 a 10.
Já no período entre 4 e 8 de maio, o indicador de medidas legais de distanciamento social recuou para 6 pontos.
O estudo revela que os estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Rondônia, Espírito Santo e Goiás preferiram abrandar as normas por considerarem que o número de mortes não era muito alto.
Já Ceará, Pernambuco e São Paulo mantiveram medidas restritivas rigorosas quando o número de mortos chegou a níveis bastante elevados.
A pesquisa ainda faz um alerta para as regiões que relaxaram as medidas de isolamento.
O reflexo na economia provavelmente será menos severo no curto prazo nestas áreas.
No entanto, caso as taxas de transmissão cresçam e o sistema de saúde seja sobrecarregado, esse benefício pode ser rapidamente perdido.
Brasil é o sexto país no mundo com mais casos
Brasil ultrapassou a França em número de infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) nesta quarta-feira (13) e se tornou o 6º país do mundo com mais casos, de acordo com o levantamento feito pela universidade norte-americana Johns Hopkins.
Na terça-feira (12), o Brasil já tinha ultrapassado a Alemanha e ocupava o 7º lugar entre os países com o maior número de casos de Covid-19, doença provocada pelo novo vírus. À frente do Brasil no levantamento da Johns Hopkins estão: EUA, Rússia, Espanha, Reino Unido e Itália.
O ranking dos países com mais casos de infecção, que é constantemente atualizado, indica que 4,2 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo.
Os países com mais casos são:
Estados Unidos: 1,3 milhão de infectados e 82,5 mil mortes
Rússia: 242 mil infectados e 2,2 mil mortes
Reino Unido: 230 mil infectados e 33,2 mil mortes
Espanha: 228 mil infectados e 26,9 mil mortes
Itália: 221 mil infectados e 30,9 mil mortes
Brasil: 179 mil infectados e 12,5 mil mortes
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Foto: BNC Amazonas