Juíza manda prender 5 que mentiram sobre segurança de barragem

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 29/01/2019 às 18:38 | Atualizado em: 29/01/2019 às 18:38

Dois engenheiros, um geólogo e dois executivos foram presos, nesta terça-feira (29), considerados responsáveis pela tragédia da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho (MG), que se rompeu na sexta-feira (25).

As ordens de prisão temporária de 30 dias foram expedidas pela juíza Perla Saliba Brito (na foto, ao microfone) no domingo (25).

Dois engenheiros da empresa TÜV SÜD que prestavam serviço para a mineradora Vale foram presos em São Paulo.

Em Minas, foram presos três funcionários da Vale.

A juíza que decretou a prisão dos cinco suspeitos disse que “havia meios de se evitar a tragédia”.

A afirmação está no mandado de prisão cumprido pela polícia na manhã desta terça-feira (29), em Minas Gerais e São Paulo.

O mar de lama que varreu a cidade na sexta (25) matou ao menos 84 pessoas e deixou outras 276 desaparecidas, segundo o último balanço da Defesa Civil.

Foram presos temporariamente, por 30 dias: André Yassuda – engenheiro da TÜV SÜD, que prestava serviço para Vale, preso em SP; Makoto Namba – engenheiro da TÜV SÜD, que prestava serviço para Vale, preso em SP; Cesar Augusto Paulino Grandchamp – geólogo da Vale, preso em MG; Ricardo de Oliveira – gerente de Meio Ambiente Corredor Sudeste da Vale, preso em MG; Rodrigo Artur Gomes de Melo – gerente-executivo do Complexo Paraopeba da Vale, detido em MG.

Os cinco foram levados para a Penitenciária Nelson Hungria, na região metropolitana de BH.

A juíza Perla Saliba Brito afirma que o geólogo Grandchamp e os engenheiros Yassuda e Namba “subscreveram recentes declarações de estabilidade das barragens” da Vale, “informando que tais estruturas se encontravam em consonância com as normas de segurança, o que a tragédia demonstrou ser inverídico”.

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Foto: Divulgação/Sosp