Neste sábado (8), um juiz federal dos EUA determinou que as autoridades impeçam o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), liderado por Elon Musk, de acessar os registros do Tesouro americano. Essa decisão atendeu a um pedido de procuradores democratas, que acusam a administração Trump de permitir o acesso a dados sensíveis, como números de Seguro Social e contas bancárias.
Além disso, o juiz Paul Engelmayer, de Nova York, ordenou que qualquer cópia dos dados acessados após 20 de janeiro seja destruída imediatamente. Ele também agendou uma audiência para o dia 14 de fevereiro. A Casa Branca ainda não se manifestou sobre o caso.
Criado por Trump, o Doge tem como objetivo cortar gastos desnecessários, mas está sendo acusado de atuar sem legitimidade legal. Os críticos afirmam que Musk extrapolou sua autoridade ao promover demissões em massa e tentar desmantelar agências essenciais.
Enquanto isso, o Tesouro dos EUA afirmou que a revisão visa garantir a integridade do sistema, sem mudanças em andamento. No entanto, a decisão judicial reforça as preocupações sobre o acesso indevido a informações sigilosas.
Em outra medida controversa, o governo Trump anunciou, na quinta-feira (6), a redução drástica no quadro de funcionários da USAID, de mais de 10 mil para apenas 290. Apenas especialistas em saúde e assistência humanitária permanecerão na agência.
Por fim, o secretário de Estado interino, Marco Rubio, justificou o corte como resposta à “insubordinação generalizada” na USAID, e afirmou que a reorganização não resultará no abandono da ajuda externa.
ONGs internacionais alertam que os cortes podem afetar projetos de infraestrutura, saúde e educação, gerando instabilidade nos países beneficiados. Essa medida enfrenta forte oposição de críticos, que veem riscos para a política externa dos EUA.
Leia mais
Leia mais no O Antagonista .
Foto: divulgação