Justiça condena igreja de Valdemiro Santiago por acusação de racismo

A punição estabelecida foi de R$ 5.000 por danos morais

Fundador da Igreja Mundial, Valdemiro Santiago, tem sigilo quebrado

Ferreira Gabriel

Publicado em: 27/04/2021 às 17:37 | Atualizado em: 27/04/2021 às 17:41

A Justiça de São Paulo condenou a Igreja Mundial do Poder de Deus a indenizar o cabeleireiro Jonas de Freitas, 50. Ele disse ter sido humilhado por seguranças em um dos seus templos.

Em outubro de 2020, Freitas entrou na unidade localizada no Brás, em São Paulo, ajoelhou-se, ergueu os braços para o alto, fechou os olhos e começou a orar. Ainda de joelhos, de acordo com seu relato à Justiça, foi interpelado de modo grosseiro e ostensivo por três seguranças do templo.

De acordo com o cabeleireiro, os seguranças, alegando que tinham recebido uma denúncia e que ele era “suspeito”, tomaram a sua mochila e despejaram todo o conteúdo no chão, na frente dos demais fiéis.

Por outro lado a Igreja Mundial afirmou em sua defesa à Justiça que a acusação de preconceito não tem qualquer cabimento.

O juiz Guilherme Ferreira da Cruz, da 45ª Vara Cível Central de São Paulo, não aceitou a argumentação e condenou a Mundial por danos morais. Freitas queria R$ 80 mil de indenização, mas a punição estabelecida foi de R$ 5.000.

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Foto: Divulgação