Justiça derruba lei bolsonarista de SP de escola militarizada
O texto, de autoria do governador TarcĂsio Freitas (Republicanos), foi aprovado em 21 de maio pelos deputados da Assembleia Legislativa

Publicado em: 08/08/2024 Ă s 12:18 | Atualizado em: 08/08/2024 Ă s 12:18
O Tribunal de Justiça do estado de SĂ£o Paulo derrubou a lei das escolas militarizadas no estado. A lei foi criada e sancionada pelo governador bolsonarista TarcĂsio de Freitas (Republicanos).
Conforme divulgou o g1, o desembargador Figueiredo Gonçalves defendeu o seguinte argumentou :
“É certo que se suscitam sĂ©rias controversas acerca da constitucionalidade desse programa, o que nĂ£o recomenda sua implementaĂ§Ă£o desde jĂ¡, antes de decisĂ£o final acerca do tema”.
Por outro lado, a Secretaria da EducaĂ§Ă£o afirmou, por meio de nota, que ainda nĂ£o foi notificada da decisĂ£o.
Assim, a decisĂ£o foi em resposta a uma AĂ§Ă£o Direta de Inconstitucionalidade (Adin) apresentada pela Apeoesp (Sindicato dos professores da rede estadual de SĂ£o Paulo).
Nesse sentido, Gonçalves disse ainda que agora cabe ao Superior Tribunal Federal (STF) decidir se o programa Ă© inconstitucional ou nĂ£o.
Sobretudo, uma AĂ§Ă£o direta de Inconstitucionalidade (Adin) foi proposta pelo Partido Socialista e Liberdade (Psol) em maio deste ano.
Ofato concreto Ă© a suspensĂ£o do programa e se deve Ă aĂ§Ă£o proposta pela APEOESP no TJ de SĂ£o Paulo, uma vez que a ADIN 7662 ainda estĂ¡ pendente de futuro julgamento e naquela demanda nĂ£o foi concedida qualquer liminar. O Governo do Estado de SĂ£o Paulo nĂ£o pode seguir com o programa por determinaĂ§Ă£o do Tribunal de Justiça do estado de SĂ£o Paulo, diz a Apeoesp.
Dessa forma, na Adin que corre no STF, o PSOL argumenta que o objetivo do governo Ă© substituir o sistema pĂºblico de educaĂ§Ă£o, e nĂ£o a coexistĂªncia dos dois modelos.
Por essa razĂ£o, cabe ao Supremo Tribunal Federal, originariamente, decidir sobre eventual inconstitucionalidade ou constitucionalidade, na aĂ§Ă£o perante ele ajuizada, tal como se objetiva nesta ADI estadual, afirmou Figueiredo.
EntĂ£o, em nota, a UniĂ£o Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) considerou uma grande vitĂ³ria a decisĂ£o.
“O modelo de escola militar nĂ£o resolverĂ¡ os imensos desafios da educaĂ§Ă£o. Enquanto o foco para o aprimoramento deve ser a valorizaĂ§Ă£o dos professores ,o investimento em infraestrutura e atĂ© a compra de itens bĂ¡sicos, o governo de SĂ£o Paulo direciona sua atenĂ§Ă£o a um projeto que nĂ£o tem qualquer fundamento para garantia na qualidade do ensino oferecido ou um clima de aprendizado saudĂ¡vel”.
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Foto: Fernando Nascimento/Governo de SĂ£o Paulo