Líder indígena do AM cobra ‘questão de honra’ também para Bruno e Dom
Após ministro da justiça definir caso Marielle como 'questão de honra', Beto Marubo cobrou empenho no caso do Vale do Javari

Mariane Veiga
Publicado em: 04/01/2023 às 21:30 | Atualizado em: 04/01/2023 às 21:38
Após o novo ministro da justiça, Flávio Dino, definir a solução do caso Marielle como “questão de honra”, o líder indígena Beto Marubo cobrou empenho da pasta na resolução do caso Bruno Pereira e Dom Phillips.
O indigenista e o jornalista britânico foram mortos em junho do ano passado, na região do Vale do Javari, no Amazonas.
Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na região amazônica.
Eles foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael.
De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.
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Cobrança
Nesta quarta-feira (4), o líder indígena usou o Twítter para cobrar o novo ministro da Justiça. Na mensagem, ele disse que o pedido é em nome de todos os indígenas do Vale do Javari.
“Nós do Vale do Javari e as Famílias do indigenista Bruno Pereira e do Jornalista Dom Phillips queremos o mesmo empenho e prioridade dada pelo Minist. da Justiça Flávio Dino, em solucionar o “caso Marielle Franco”. É um caso que precisa ser esclarecido também. Ao Brasil e ao mundo”, escreveu.
Investigação
Segundo fonte da Polícia federal, Pereira e Phillips foram mortos a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados.
A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal na região.
Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo.
Recentemente, Rubens Coelho, o Colômbia, suspeito de ser o mandante dos homicídios, e que havia sido posto em liberdade depois de ter pagado uma fiança de R$ 15 mil, voltou a ser preso.
Outros três homens, que são investigados pelos assassinatos – Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Dantos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha” – estão presos, em decorrência das investigações.
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Foto: Getty Images/reprodução