Na sua coluna no site Metrópoles, o jornalista Ricardo Noblat faz uma leitura da situação do presidente Lula da Silva para as eleições de 2026. Segundo ele, se a disputa ocorresse hoje, o petista venceria com relativa folga no primeiro e no segundo turno, de acordo com a pesquisa Quaest divulgada na última semana. No entanto, Noblat destaca que a aprovação do presidente caiu, ficando abaixo da desaprovação pela primeira vez (47% contra 49%), o que pode indicar dificuldades futuras.
Ausência de um nome forte na direita
A pesquisa Quaest mostra que Lula teria 30% das intenções de voto no primeiro turno, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gusttavo Lima e Pablo Marçal (PRTB) aparecem na sequência com percentuais entre 11% e 13%.
Outros nomes, como Ciro Gomes (PDT), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil), não ultrapassam os 3%.
Noblat observa que, sem um nome consolidado para unificar a direita, Lula teria vantagem confortável em um eventual segundo turno contra qualquer adversário.
A ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível até 2030, também pesa nesse cenário.
Noblat ressalta que uma possível anistia ao ex-mandatário não resolveria sua situação, pois ele pode ser condenado por tentativa de golpe, o que o manteria fora da disputa e possivelmente preso.
Desafios de Lula
Apesar do favoritismo, Noblat pondera que a reeleição de Lula depende de sua própria gestão. Ele afirma que o presidente só perderia caso governasse mal ou enfrentasse problemas de saúde.
O jornalista também destaca críticas vindas da oposição, como as de Gilberto Kassab (PSD) e Arthur Lira (PP), que afirmaram que, no cenário atual, o PT não seria favorito e que a economia será determinante para o apoio político ao governo.
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Diante desse contexto, a análise de Noblat sugere que, embora Lula tenha vantagem, o cenário ainda está indefinido. Sem um nome forte da direita, o presidente segue como favorito, mas sua popularidade e os rumos da economia serão decisivos para o futuro da eleição de 2026.
Foto: Ricardo Stuckert/PR