Com 92,6% das urnas apuradas e participação de apenas 48% do eleitorado, com alta abstenção de 52% dos votantes, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela) confirma a vitória de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela .
O atual presidente se reelegeu com 5,8 milhões de votos, 4 milhões a mais que Henri Falcón, que obteve 1,8 milhões de votos. Javier Bertucci teve apenas 925 mil votos, e Reinaldo Quijada, 34 mil.
Os Estados Unidos anunciaram no final do domingo que não reconhecerão o resultado da eleição.
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Não reconhecimento
Em entrevista coletiva na noite de ontem(20), Falcón disse desconhecer o resultado das eleições. Segundo ele, são necessárias novas eleições, pois houve uma “violação” do acordo pré-eleitoral. Há informações, não confirmadas oficialmente, de que o índice de abstenção nas eleições foi superior a 70%.
“Não reconhecemos este processo eleitoral como válido”, disse Falcón. “Para nós não houve eleições, é preciso fazer novas eleições na Venezuela, não é uma colocação que viemos fazer, viemos fazer exigências.”
Pressão
Ontem, as votações ocorreram em 14.638 centros de votação em todo o país. Há informações de que os eleitores que resistiam a votar, marcando um elevado índice de abstenção, eram pressionados por grupos armados a comparecer aos locais de votação.
Em entrevistas coletivas, Maduro criticou a imprensa internacional, afirmando que havia uma campanha para difamá-lo. Ao final, ao fazer um balanço parcial sobre as eleições, afirmou que foi executado um Plano Nacional para controlar “pequenas irregularidades”. Não relatou quais foram essas ocorrências.
Legalidade
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, ressaltou que mais de 150 representantes de organismos internacionais acompanharam a “transparência e legitimidade” das eleições e dos conselhos legislativos. Na relação desses representantes estão o ex-ministro da Espanha José Luis Rodríguez e o ex-presidente do Equador Rafael Correa, ambos simpatizantes de Maduro.
O processo eleitoral foi acompanhado por forte esquema de segurança, com 300 mil homens da Força Armada Nacional Bolivariana, além do apoio de seguranças e funcionários públicos.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Juan Barreto/AFP_Reprodução/portal UOL