“Nosso relacionamento até que não era ruim. Mas a gente quase não conversava”, contou a mãe de Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, um dos atiradores que entraram na Escola Estadual Raul Brasil e atiraram contra colegas e funcionários e depois se mataram. Minha vida acabou”, disse Tatiana Taucci, 35, a mãe.
Ela diz ainda que ele era viciado em jogos de computador, segundo o jornal Folha de S. Paulo, citado por Brasil ao Minuto . “Perdi meu filho e meu irmão. Não dá nem pra acreditar… Minha vida acabou”, diz ela.
Tatiana disse não compreender o que aconteceu. Ela luta contra uma dependência química de longa data e que por isso passa boa parte do tempo nas ruas.
Familiares do garoto afirmam que nunca desconfiaram de nenhum comportamento violento de Guilherme (na foto, Guilherme é o da direita ).
Guilherme foi criado pelos avós, Benedito Luiz Cardoso e Arlete Taucci.
“O pai e a mãe não estavam muito aí pra ele, sabe?”, diz o avô, antes de ser repreendido pela filha. “Agora a culpa é minha? Culpa é sua, que criou ele”.
A avó de Guilherme morreu há quatro meses e o menino dava sinais de tristeza permanente.
“Acho que ele ficou deprimido”, arrisca a tia.
Antes de cometer o crime, o jovem deixou uma foto queimada no chão, ao lado da cama onde dormia, e que Tatiana reconheceu como sendo sua com o pai do adolescente.
Ela revela que o filho decidiu sair da escola em 2018, um ano antes de concluir o ensino médio, por não aguentar mais ser “zoado por causa das espinhas do rosto”.
“Ontem mesmo, quando ele chegou da rua de noite, eu esquentei o jantar pra ele. Estava tudo bem”, lembra o avô, com a voz embargada. Guilherme comeu arroz, feijão e hambúrguer. “Ele adorava hambúrguer”.
De acordo com os policiais, Guilherme e Luiz Henrique de Castro, 25, pretendiam matar mais pessoa s do que as 13 vítimas do massacre de Columbine, ocorrido em 1999 nos Estados Unidos. Em abril, esse crime completará 20 anos.
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