Malafaia foi responsável por lista tríplice de evangélicos para o STF

Malafaia criticou o fato de Bolsonaro ter virado cabo eleitoral e advogado de indicado ao STF

Malafaia é responsável por lista tríplice de evangélicos para o STF

Mariane Veiga

Publicado em: 07/10/2020 às 10:49 | Atualizado em: 07/10/2020 às 10:49

O pastor Silas Malafaia revelou que lideranças evangélicas entregaram ao presidente Jair Bolsonaro uma lista tríplice para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que não foi acolhida na primeira indicação.

Desse modo, foram sugeridos os nomes do advogado e desembargador aposentado Jackson di Domenico, do integrante do Ministério Público Federal em Brasília José Eduardo Sabo Paes e do juiz federal William Douglas.

De acordo com Malafaia, o ministro da Justiça, André Mendonça, que é pastor evangélico, nem precisava estar nessa lista por já ser próximo do presidente.

Conforme afirmou Malafaia, 95% das lideranças evangélicas referendaram a lista. Ele disse ainda que a maior parte apoiava William Douglas.

 

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O líder neopentecostal afirmou que tomou conhecimento prévio de que a primeira indicação ao STF não ficaria com alguém “terrivelmente evangélico”, como havia dito o presidente.

“Eu não fiz nenhum questionamento, eu entendi”, disse Malafaia ao ser informado por Bolsonaro.

O pastor também criticou o fato de Bolsonaro ter virado cabo eleitoral e advogado de indicado ao STF. “O presidente não pode descer a esse nível, é ridículo. ri-dí-cu-lo”, disse.

Ele também afirmou que o presidente não pode errar nessa indicação, dado que os ministros podem permanecer na função até os 75 anos, quando a aposentadoria é compulsória.

Malafaia voltou a dizer que seu apoio ao presidente não o impede de fazer críticas. “Sou aliado e não alienado”.

O vídeo foi postado no canal de Malafaia no YouTube na última segunda-feira (5).

No entanto, na tentativa de se retratar com o grupo evangélico, que integra sua base eleitoral, Bolsonaro vem dizendo que já reservou a segunda indicação para um pastor.

Dessa forma, a vaga será aberta em julho de 2021, em decorrência da aposentadoria do ministro Marco Aurélio.

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Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República