Máquina quebra e Fiocruz atrasa entrega de vacinas contra covid

Foram entregues apenas 2,2 das 15 milhões de doses prometidas para março

Ferreira Gabriel

Publicado em: 01/04/2021 às 11:26 | Atualizado em: 01/04/2021 às 11:27

O Instituto de Biotecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), vinculado à Fiocruz, descumpriu o compromisso assumido junto ao Programa Nacional de Imunização (PNI) de entregar até quarta-feira, 31 de março, 3,8 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford.

Novo prazo foi fixado para sábado, 3 de abril. O diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, disse que um dos motivos do atraso é a máquina recravadora de uma das duas linhas de processamento da vacina. O aparelho ficou parado por uma semana após apresentar falhas.

Até terça-feira, 30 de março, Bio-Manguinhos havia entregue ao PNI 1,2 milhão de doses envasadas da vacina.

Conforme afirmou Zuma, quarta-feira seriam remetidas mais 1 milhão de doses, restando 1,6 milhão para completar o compromisso até sábado — três dias após o prazo previsto.

Há três meses, quando divulgou o primeiro cronograma do acordo com a britânica AstraZeneca, a Fiocruz mencionava a entrega de 15 milhões de doses em março e mais 28 milhões em abril.

Calcanhar de Aquiles de Bio-Manguinhos no envase da vacina, a recravadora cumpre a função de selar com alumínio os frascos de vacina já fechados com uma rolha. Após essa etapa, os frascos seguem para rotulagem e embalagem.

Dessa forma, o diretor explicou que a máquina “performou mal” ao selar o último dos três lotes de validação da vacina (destinados aos testes de controle de qualidade junto à Agência Nacional de Saúde, a Anvisa), descartando frascos que apresentavam boas condições.

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Foto: EPA/BBC