Masp dedica todo o ano aos povos e artes indígenas

Exposições apresentam a diversidade e complexidade das culturas, e discute o silêncio da história oficial da arte.

Masp dedica todo o ano aos povos e artes indígenas

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/03/2023 às 18:40 | Atualizado em: 27/03/2023 às 20:23

O Museu de Arte de São Paulo (Masp) dedica durante todo este ano de 2023 três novas exposições voltadas às histórias indígenas.

Com isso, pretende apresentar a diversidade e complexidade dessas culturas. Assim como discutir o silêncio da história oficial da arte em relação a essa produção artística.

O ano de 2023 é dedicado [no Masp] aos povos indígenas e às artes indígenas. Particularmente considero que é um passo muito grande de reconhecimento das artes e dos saberes indígenas, que historicamente foram excluídos e estiveram à margem dos museus, e hoje estão sendo convidados para participar dessas instituições, particularmente do Masp, disse Edson Kayapó, curador adjunto de arte indígena do Masp, em entrevista à Agência Brasil.

Por exemplo, uma das mostras abertas é Carmézia Emiliano: a Árvore da Vida, com pinturas que retratam o cotidiano da comunidade da artista indígena macuxi.

Já a segunda, e maior delas, é Mahku: Mirações, que apresenta pinturas, desenhos e esculturas produzidas pelo grupo de etnia huni kuin.

Além disso, na sala de vídeo do museu são exibidos curtas do coletivo Bepunu Mebengokré.

São exposições que inauguram o ano de histórias indígenas [no Masp]. Elas abordam diferentes mídias, suportes e linguagens dessa produção, revelando a diversidade que está contido nas histórias indígenas, histórias que o Brasil deixou de olhar com consistência durante muito tempo, disse Amanda Carneiro, curadora assistente.

Ainda conforme a publicação, a produção de grafismos nos rituais de pintura corporal é retratado em dois curtas apresentados na sala de vídeo do Masp.

Em suma, além das pinturas, esculturas, desenhos e do mural pintado na rampa, a exposição também vai apresentar alguns cantos huni khuin, gravados e traduzidos para português e inglês.

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