Ministro do MEC nega favorecimento a pastores e isenta Bolsonaro
A oposição ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo o afastamento do ministro caso sejam confirmadas as supostas irregularidades

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 22/03/2022 às 18:31 | Atualizado em: 22/03/2022 às 18:31
O MEC (Ministério da Educação) divulgou nota na tarde desta terça-feira na qual o ministro Milton Ribeiro (foto) nega favorecimento a pastores e diz que não recebeu do presidente Jair Bolsonaro pedidos de atendimento especial na distribuição de verba.
A nota foi motivada pela divulgação de um áudio, pelo jornal “Folha de S.Paulo”, no qual o ministro afirma que repassa verbas para municípios indicados por dois pastores a pedido de Bolsonaro
Antes da divulgação da nota pelo ministro, a oposição ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo o afastamento do ministro caso sejam confirmadas as supostas irregularidades.
Na nota, Milton Ribeiro afirma que a alocação de recursos pelo ministério obedece a lei orçamentária e critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
“Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, afirmou Ribeiro, que no texto não comentou o conteúdo do áudio.
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Na gravação, Ribeiro diz: “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”.
Segundo ele afirmou na nota, o presidente Jair Bolsonaro pediu que todos os que procurassem o ministério fossem atendidos, inclusive os dois pastores.
“Registro ainda que o Presidente da República não pediu atendimento preferencial a ninguém”, diz o texto.
Leia a nota do MEC no g1
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados