MĂ©dico classifica como “catastrĂ³fica” e “desastrosa” situaĂ§Ă£o de ianomĂ¢mis
O mĂ©dico tropicalista AndrĂ© Siqueira, da Fiocruz, visitou terras dos indĂgenas.

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 23/01/2023 Ă s 06:26 | Atualizado em: 23/01/2023 Ă s 06:26
O mĂ©dico tropicalista AndrĂ© Siqueira, do Instituto Nacional de Infectologia da FundaĂ§Ă£o Oswaldo Cruz (Fiocruz), classificou como “catastrĂ³fica” e “desastrosa” situaĂ§Ă£o de indĂgenas ianomĂ¢mis.
Segundo reportagem da BBC News Brasil, ele estava em terras ianomĂ¢mi desde segunda-feira (16/1).
Assim, nos Ăºltimos dias, ele diz ter testemunhado “a pior situaĂ§Ă£o de saĂºde e humanitĂ¡ria” que jĂ¡ viu.
Com isso, o especialista em malĂ¡ria visitou o polo-base de Surucucu, em Roraima, e passou por outras comunidades da regiĂ£o.
Em entrevista Ă BBC, o mĂ©dico contextualizou a situaĂ§Ă£o grave em que se encontram os indĂgenas.
“O que vimos foi uma situaĂ§Ă£o muito precĂ¡ria em termos de saĂºde, com pacientes acometidos por desnutriĂ§Ă£o grave, infecções respiratĂ³rias, muitos casos de malĂ¡ria e doenças diarreicas. Junto a isso, uma escassez de equipes e de estrutura”, relata.
Como resultado, portanto, Siqueira diz que se deparou com casos de desnutriĂ§Ă£o extrema em famĂlias inteiras.
Por isso, emocionado, o mĂ©dico confessou que Ă© muito difĂcil enfrentar essa situaĂ§Ă£o, que classifica como “catastrĂ³fica” e “desastrosa”.
“Presenciar na prĂ¡tica esse nĂvel de sofrimento Ă© muito pesado. Na hora a gente encara e vai no automĂ¡tico. Mas depois, quando cai a ficha, vemos como Ă© uma situaĂ§Ă£o difĂcil.”
A gente compara com nossos filhos. Vemos os pais, as crianças e toda a comunidade sofrendo. E, mesmo diante de tanta dificuldade, hĂ¡ um senso de coletividade muito grande. Mesmo as pessoas com fome, quando recebem algum alimento, tentam dividir com quem estĂ¡ ali, completa.
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Foto: DivulgaĂ§Ă£o