Frustração. Esse foi o sentimento da mídia e, por tabela, da população, com a entrevista convocada nesta tarde de quarta (08), o quarto dia do desaparecimento do servidor federal Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
Sobretudo pela ausência de qualquer novidade sobre a localização dos dois. O evento, dessa forma, parece que foi montado mais como resposta às críticas que recaem sobre o governo Bolsonaro pela demora em reagir ao fato.
Nem mesmo vestígio da lancha (“voadeira”) a megaoperação teria.
Conforme a Polícia Federal, uma megaoperação com as Forças Armadas e a segurança pública do Amazonas, que conta com 250 homens, duas aeronaves, duas embarcações e16 viaturas, não tem nenhuma novidade a mostrar neste momento, no quarto dia do sumiço do jornalista e do funcionário do governo, da Funai.
Cinco testemunhas da comunidade São Rafael foram ouvidas e relataram que os dois passaram pela frente da comunidade.
O caso do desaparecimento do jornalista britânico Dom Philips e do indigenista Bruno Araújo, que desapareceram no Vale do Javarí, está rendendo de forma negativa para o governo de Jair Bolsonaro, junto à comunidade internacional.
Por conta da pressão internacional, o governo brasileiro intensificou as buscas pelos dois desaparecidos e colocou as Forças Armadas e as forças auxiliares de segurança na região para ajudar no mapeamento do local.
O presidente Bolsonaro precisa dar uma resposta ao mundo pois, na próxima semana, participa da Cúpula das Américas, encontro que acontece nos EUA, essa notícia será tema das cobranças ao mandatário brasileiro bem como a Amazônia e a questão ambiental.
Desaparecimento no domingo
O jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian , e o indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai) desapareceram no Vale do Javari, na Amazônia.
Eles faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte. Conforme publicação do Último Segundo.
Dessa maneira, o jornal O Globo confirmou a informação por meio da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).
Como resultado, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Exército devem realizar as buscas.
Segundo a reportagem, o indigenista era alvo constante de ameaças pelo trabalho que vinha fazendo juntos aos indígenas. Isso contra invasores na região, pescadores, garimpeiros e madeireiros.
Nesse sentido, o Vale do Javari é a região com a maior concentração de povos isolados do mundo.
Foto: BNC Amazonas