“Minha mãe é filha de índia de Parintins, uma fortaleza de flor”
Conceição Freitas homenageia as mães a partir da história da sua própria, índia nascida em Parintins e que foi criada em Manaus

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 10/05/2020 às 12:53 | Atualizado em: 10/05/2020 às 12:53
A coluna de Conceição Freitas no portal do Metrópoles é uma homenagem às mães, a partir de sua própria mãe. Esta, filha de uma índia de Parintins, no Amazonas, conforme conta a colunista.
Com muita leveza e simplicidade, portanto, ela exalta a forte figura da “fortaleza de flor” que é sua mãe, hoje aos 87 anos.
Sua saga de Parintins a Manaus, levada pela avó, é contada com riqueza de detalhes.
“Minha mãe é filha de uma índia com um negro que cavava buracos para a rede de esgotos de Manaus, por volta dos anos 1940/1960. Ia e voltava a pé para o trabalho”.
Na capital, órfã aos 9 anos, ela “foi entregue a família rica que morava num casarão nas proximidades do Teatro Amazonas”.
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Conceição conta, por exemplo, que a mãe guarda até hoje as características que marcam os amazonenses. Como nesse trecho:
“Come banana todos os dias, junto com a comida do almoço, qualquer que seja ela; sonha com tucumãs e pupunhas. Faz o melhor peixe que já comi – ao modo da Amazônia, apenas cebola, pimenta do reino, sal e muita água. Pelo gosto, sabe se o peixe é de rio ou de mar, sabe cozinhar miolo de boi, língua de boi, rim de boi, fígado de boi, caranguejo e pirarucu desfiado, cardápio diário de minha infância”.
Portanto, uma leitura imperdível para este dia especial. Leia no Metrópoles.
Foto: Reprodução/Editoria de Artes_Metrópoles