Ministério da Defesa envia fuzileiros navais ao município de Humaitá

Publicado em: 29/10/2017 às 10:39 | Atualizado em: 29/10/2017 às 10:54

 

Fuzileiros navais foram enviados pelo ministro da Defesa Raul Jungmann ao município de Humaitá, no sul do Amazonas, após garimpeiros atearem fogo na sede dos escritórios do Ibama, Incra e ICMBio, na sexta-feira, dia 27.

Funcionários locais do Ibama acusam a Polícia Militar, que conta com um efetivo na cidade, de omissão e não ter agido para proteger o patrimônio público.

O IBAMA emitiu nota sobre o ataque neste sábado. Nela, afirma que as ações contra a atividade de garimpo que degrada o meio ambiente continuarão e informa que solicitou apoio ao Ministério da Defesa e á Polícia Federal.

Leia a nota do Ibama na íntegra:
“As unidades do Ibama e do ICMBio no município de Humaitá (AM) foram atacadas e destruídas por criminosos nesta sexta-feira (27/10), em represália a operação de fiscalização realizada para combater o garimpo ilegal de ouro no Rio Madeira.
 
Essa atividade ilegal é altamente impactante e causa graves danos ao meio ambiente e à saúde humana, além do risco à navegação. Normalmente associado a diversos outros crimes, como contrabando e sonegação fiscal, o garimpo ilegal financia a grilagem de terras e contribuiu para o aumento da violência no campo. Este cenário exige atuação firme das instituições públicas.
 
As estruturas dos órgãos ambientais foram atacadas, e servidores ameaçados. O Ministério do Meio Ambiente acionou imediatamente os Ministérios da Defesa e da Justiça, as Polícias Federal e Rodoviária Federal e a Força Nacional para resguardar a integridade física dos servidores que atuam na região.

Os servidores estão fisicamente bem e já se encontram em local seguro, fora do município de Humaitá.

Os danos materiais serão avaliados assim que a região voltar à normalidade, o que deverá ser garantido pelas forças de segurança pública. A Polícia Federal (PF) já iniciou investigações para identificar os responsáveis pelos atentados, que responderão pelos atos criminosos.

A operação no Rio Madeira (AM e RO) é realizada em conjunto com Exército, Marinha e Força Nacional. 

O combate aos ilícitos ambientais no rio e na região da BR230 será mantido.”

 

Leia mais na matéria do jornal Valo Econômico.

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