O Ministério da Saúde divulgou uma nota na noite dessa terça-feira (29) na qual anunciou a exoneração do diretor de Logística da pasta, Roberto Dias (foto ). A reportagem é do G1.
Ao jornal “Folha de S.Paulo”, o representante da Davati Medical Supply no Brasil, Luiz Paulo Dominguetti, disse que o diretor pediu propina de US$ 1 por dose de vacina para a empresa assinar contrato com o ministério.
De acordo com a “Folha”, Dominguetti procurou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina da Astrazeneca .
Ao repórter Nilson Klava, da GloboNews, Roberto Dias se disse alvo de retaliação por ter cobrado de Dominguetti que comprovasse representar a Astrazeneca, o que, segundo o diretor, nunca aconteceu. Dias afirmou também que divulgará uma nota sobre o assunto.
Na nota divulgada na noite desta terça, o ministério não explicou o motivo da exoneração de Roberto Dias. Disse somente que a decisão foi tomada no período da manhã.
“O Ministério da Saúde informa que a exoneração de Roberto Dias do cargo de Diretor de Logística da pasta sairá na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (30). A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (29)”, informou o ministério.
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Negociata
De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, o representante da Davati procurou o Ministério da Saúde para negociar 400 milhões de doses da vacina produzida pelo laboratório Astrazeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido).
A Astrazeneca informou que não tem intermediários no Brasil.
Em nota à TV Globo, a farmacêutica afirmou que todas as doses de vacina do laboratório estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais, como o consórcio internacional Covax Facility.
A empresa acrescentou que não disponibiliza vacinas para o mercado privado nem para prefeituras e governos estaduais.
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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil