Moraes manda PF seguir apurando milicia digital e atos de Bolsonaro

Esta é a sexta vez que as investigações ganham mais tempo

Publicado em: 27/02/2023 às 15:53 | Atualizado em: 27/02/2023 às 15:55

O inquérito sobre a atuação de uma suposta milícia digital contra a democracia e o Estado Democrático de Direito foi prorrogado por mais 90 dias.

A determinação é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta é a sexta vez que as investigações ganham mais tempo.

Na decisão, publicada nesta segunda-feira (27), Moraes ressalta que o aumento do prazo foi concedido “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento”.

O inquérito foi aberto em julho de 2021 com o objetivo de investigar a atuação das supostas milícias digitais nas redes sociais e descobrir quem são os responsáveis pela articulação e pelo financiamento delas. A investigação está a cargo da Polícia Federal.

Em maio de 2022, o magistrado determinou que as investigações sobre a atuação de milícias digitais e acerca dos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas caminhassem em conjunto.

Moraes é relator nos dois casos, e considerou que “os elementos de prova colhidos para apuração dos fatos envolvendo a live realizada pelo presidente da República na data de 29/7/2021, devem ser analisados em conjunto com a investigação principal conduzida no Inq 4.874/DF, cujo objeto é uma organização criminosa complexa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, com objetivo de atacar o Estado Democrático de Direito”.

Leia mais na matéria de Manoela Alcântara no Metrópoles

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Foto: Carlos Moura/SCO/STF