Atire primeiro e pergunte depois, seria a tradução da declaração do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro. Ele disse: “Policiais não precisam tomar um tiro de fuzil para reagir”.
Moro disse, nesta terça-feira (2), que precisa entender melhor as circunstâncias em que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), propôs utilizar atiradores de elite contra criminosos com fuzil. E foi aí que ele disse a frase. As informações são da Agência Brasil .
O ministro participou da feira LAAD Defesa e Segurança, no Rio de Janeiro, onde ministrou palestra.
“O fato é que um policial não precisa levar um tiro de fuzil para reagir. Mas tem que ver em quais circunstâncias que haveria essa autorização”, disse Moro a jornalistas após a palestra.
O ministro ressaltou a importância de combater organizações criminosas, sejam elas facções ou milícias.
“Para mim, Comando Vermelho, PCC e milícias são tudo a mesma coisa. Muda um pouco o perfil do criminoso, mas mesmo assim estamos falando de uma criminalidade grave e que tem que ser combatida”.
Pacote Anticrime
Durante a entrevista, Moro disse ter confiança de que o Pacote Anticrime que será aprovado pelos parlamentares no Congresso.
“Tenho confiança que, em mais ou menos tempo, com eventuais modificações ou eventualmente até aprimoramentos, o governo vai conseguir aprovar esse projeto”.
Antes da palestra, que foi fechada ao público, o ministro visitou estandes no mesmo pavilhão.
Ele visitou o estande da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), conferiu carros da montadora Mitsubishi fabricados para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e conheceu novas tecnologias como scanners e bloqueadores de sinal de celular e internet para presídios.
Segurança em presídios
Moro defendeu o uso de tecnologia para reduzir custos e aumentar a eficiência do trabalho dos agentes de segurança pública.
Na avaliação dele, a segurança nos presídios está entre as áreas que podem ser beneficiadas por novas tecnologias como scanners e bloqueadores.
“Temos que investir na tecnologia porque isso faz com que possamos diminuir e facilitar o trabalho dos agentes e também diminuir os recursos financeiros empregados”.
Foto: Marcelo Camargo/ABr