Multinacional de bebidas é primeira a deixar ZFM após IPI de Bolsonaro

Empresa anunciou retirada da ZFM uma semana depois de Bolsonaro anunciar corte de 25% no IPI que atinge a produção de concentrados de refrigerantes

Multinacional de bebidas

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 04/03/2022 às 12:36 | Atualizado em: 04/03/2022 às 12:36

O polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM) começa a sentir os efeitos dos ataques do governo Bolsonaro. Nesta sexta (4), a empresa multinacional de bebidas Heineken anunciou sua saída. Unidade produtiva de concentrados para refrigerantes deixa o Amazonas e vai se instalar em São Paulo.

Conforme comunicado ao mercado, a empresa optou pelas vantagens logísticas de ficar mais perto de onde já produz refrigerantes, na cidade de Itu.

Dessa maneira, a Heineken fez as contas e não viu sentido continuar na ZFM com a retirada de suas vantagens tributárias comparativas. Assim sendo, a empresa vai otimizar a produção, aumentar a eficiência de toda a cadeia envolvida nesse processo, além de acelerar a chegada dos produtos aos pontos de venda, principalmente.

Na unidade da ZFM eram empregados, diretamente, 18 trabalhadores.

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Desvantagens competitivas

Embora não confirme que sua saída tenha a ver com o decreto do governo federal que reduz em 25% o IPI dos setores produtivos, incluindo os xaropes de refrigerantes (a alíquota de IPI era de 8% antes do corte), a gigante multinacional é a primeira a abandonar a ZFM.

Quem produz na ZFM está isento do imposto, e o corte do IPI significa redução de competitividade para as empresas.

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Foto: reprodução/Heineken