Nas mãos de Bolsonaro, Exército decide não punir Pazuello

Decisão provoca enxurrada de críticas e desgaste com oficiais de alta patente

Ferreira Gabriel

Publicado em: 04/06/2021 às 11:10 | Atualizado em: 04/06/2021 às 11:10

O Exército anunciou, por meio de nota, que não punirá o general da ativa e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A medida seria aplicada pela participação em um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

O comunicado, que atribui a decisão ao comandante da Força, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirma que “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar”.

Portanto, o desfecho do caso, que representa uma vitória para o chefe do Planalto, provocou uma avalanche de críticas e preocupações com um eventual avanço da politização entre os militares.

“Acerca da participação do general de divisão Eduardo Pazuello em evento realizado na cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2021, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que o comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general”, diz a nota.

“Dessa forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello. Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado”, acrescenta.

Conforme Regulamento Disciplinar do Exército e o Estatuto das Forças Armadas militares da ativa são proibidos de participação em manifestações políticas.

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Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado