Novembro registrou 58.664 empregos formais, e 858.415 em 11 meses

Publicado em: 20/12/2018 Ă s 17:51 | Atualizado em: 20/12/2018 Ă s 17:51

Os setores de comĂ©rcio e serviços empregaram mais no mĂªs de novembro e foram responsĂ¡veis pelo total de 58.664 postos de trabalho com carteira assinada no paĂ­s. Foi o maior nĂ­vel do mĂªs desde 2010.

As informações sĂ£o do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do MinistĂ©rio do Trabalho, publicadas pela AgĂªncia Brasil.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

A Ăºltima vez em que a criaĂ§Ă£o de empregos tinha superado esse nĂ­vel tinha sido em novembro de 2010, quando as admissões tinham superado as dispensas em 138.247.

A criaĂ§Ă£o de empregos totaliza 858.415 de janeiro a novembro e 517.733 nos Ăºltimos 12 meses.

Na divisĂ£o por ramos de atividade, apenas dois dos oito setores pesquisados criaram empregos formais em novembro.

O campeĂ£o foi o comĂ©rcio, com a abertura de 88.587 postos, seguido pelo setor de serviços (34.319 postos).

Os seis demais setores fecharam vagas no mĂªs passado.

O nĂ­vel de emprego caiu na indĂºstria de transformaĂ§Ă£o (-24.287 postos), na agropecuĂ¡ria (-23.692 postos), na construĂ§Ă£o civil (-13.854 postos), na administraĂ§Ă£o pĂºblica (-1.122 postos), na indĂºstria extrativa mineral (-744 postos) e nos serviços industriais de utilidade pĂºblica, categoria que engloba energia e saneamento (-543 postos).

Tradicionalmente, a geraĂ§Ă£o de emprego no comĂ©rcio e nos serviços Ă© normal nos Ăºltimos meses do ano, por causa das vendas de Natal e da movimentaĂ§Ă£o para as festas de fim de ano.

A indĂºstria demite por ter terminado a produĂ§Ă£o das mercadorias a serem comercializadas no perĂ­odo natalino, enquanto a agricultura estĂ¡ em um perĂ­odo de plantio da maioria das safras.

 

Destaques

No comércio, o ramo varejista foi o grande destaque, com a abertura de 82.747 pontos formais, seguido pelo ramo atacadista, com 13.168 vagas.

Nos serviços, a criaĂ§Ă£o de empregos foi impulsionada por serviços de alojamento, alimentaĂ§Ă£o, reparaĂ§Ă£o, manutenĂ§Ă£o e redaĂ§Ă£o (13.895 postos); comĂ©rcio e administraĂ§Ă£o de imĂ³veis, valores mobiliĂ¡rios e serviço tĂ©cnico (12.447 postos) e serviços mĂ©dicos, odontolĂ³gicos e veterinĂ¡rios (8.278 postos).

Na indĂºstria de transformaĂ§Ă£o, que liderou o fechamento de vagas em novembro, as maiores quedas no nĂ­vel de emprego ocorreram na indĂºstria de produtos alimentĂ­cios e de bebidas (-6.511 postos); na indĂºstria quĂ­mica de produtos farmacĂªuticos, veterinĂ¡rios e perfumaria (-5.318 postos) e na indĂºstria tĂªxtil e de vestuĂ¡rio (-5.036 postos).

 

Regiões

TrĂªs das cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em novembro.

O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 35.069 postos, seguido pelo Sul (24.763 vagas) e pelo Nordeste (7.031 vagas).

Influenciado pela entressafra, o Centro-Oeste fechou 7.537 postos. O Norte registrou 932 vagas a menos no mĂªs passado.

Na divisĂ£o por estados, 19 unidades da FederaĂ§Ă£o geraram empregos e oito demitiram mais do que contrataram.

As maiores variações positivas no saldo de emprego ocorreram em SĂ£o Paulo (abertura de 17.754 postos), no Rio de Janeiro (13,7 mil), no Rio Grande do Sul (10.121) e em Santa Catarina (9.192).

Os estados que lideraram o fechamento de vagas formais foram GoiĂ¡s (-6.160 postos), Mato Grosso (-3.427) e Tocantins (-1.135).

 

Foto: ReproduĂ§Ă£o/Xerpa