O senador Flávio Bolsonaro (Patriota/RJ) recebeu a primeira dose do imunizante contra a covid-19 nesta quinta-feira (22) e ironizou, ao agradecer o próprio pai, presidente da República, Jair Bolsonaro, pela vacina recebida. “Obrigado ao negacionista Jair Bolsonaro por garantir a vacina nos braços de todos os brasileiros”, publicou no Twitter, com o vídeo do momento da imunização.
Flávio recebeu a vacina da AstraZeneca/Oxford, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que foi aplicada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que cumpre agenda no Rio de Janeiro nesta quinta.
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Ao lado de Flávio, Queiroga também diz, no vídeo, que a vacina é uma aposta do governo federal, já que o Ministério da Saúde fechou acordo de transferência tecnológica para que a Fiocruz possa produzir toda a vacina contra a covid no Brasil, sem a necessidade da importação de insumos como hoje ainda é necessário.
Na publicação, o senador Flávio ainda disse que a vacina é eficaz e “bem mais barata” que a de outros fabricantes.
Flávio ataca CPI
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) entrou com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o relator da CPI da covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Segundo Flávio, Calheiros expos dados confidenciais durante as oitivas, o que caracterizaria crime de abuso de autoridade “para pautar os seus interesses egoísticos”.
Os assuntos confidencias que o filho do presidente cita dizem respeito a trechos de um depoimento que Bolsonaro concedeu durante inquérito sobre atos antidemocráticos, e que estão sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Flávio alega que Calheiros divulgou parte das gravações durante a reunião da comissão que recebeu o ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten.
Na representação, Flávio Bolsonaro também afirma que o relator da CPI da covid agiu de forma tendenciosa “buscando incriminar testemunhas, fazendo uso de provas obtidas de forma ilícita e ilegítima”.
No documento que o filho do presidente entregou à PGR nesta terça-feira (20), consta ainda uma citação da revista Veja, onde diz que Renan teria mágoa por ter sido chamo de “vagabundo” por Flávio Bolsonaro.
Esse fato, conforme Flávio Bolsonaro, fez o senador “adotar condutas e promover procedimentos com o único propósito de vingança e perseguição”.
O filho do presidente se diz, assim, perseguido por Calheiros e alvo de uma investigação “paralela” à da CPI.
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Foto: reprodução Twitter