OMS aponta que pandemia do coronavírus durará muito tempo
Coronavírus registra 675.060 mortos e infectou quase 17,4 milhões no mundo

Mariane Veiga
Publicado em: 02/08/2020 às 18:13 | Atualizado em: 02/08/2020 às 18:35
O Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) irá durar muito tempo e, por isso, é necessário continuar os esforços para a sua contenção em todo o mundo.
Segundo dados oficiais da OMS, a doença já provocou 675.060 mortos e infectou quase 17,4 milhões de pessoas em todo o mundo.
O grupo de cientistas avaliou a evolução da pandemia, tendo em conta toda a informação científica que surgiu sobre o vírus nos últimos três meses.
O Comité de Emergência da OMS é composto por 18 cientistas de vários países.
“A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez em cada século e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Conforme Tedros, muitos países que pensavam que o pior já tinha passado estão agora enfrentando novos surtos.
Enquanto outros que tinham sido menos afetados estão com aumentos de casos e de óbitos. No entanto, países que tiveram grandes surtos conseguiram controlá-los, de acordo com o diretor.
Recomendações
Entre as principais recomendações que o Comitê de Emergência dirigiu à OMS está a necessidade de continuar a apoiar os países com serviços médicos mais frágeis, bem como a necessidade de continuar a impulsionar as investigações em curso para se encontrar um ou mais tratamentos e vacinas para o vírus.
O objetivo é que, quando existir uma vacina, os países com menos recursos não fiquem de fora por incapacidade de comprar.
Ou seja, defendeu o Comitê, afirmando que a distribuição de vacinas deve ser a mais equitativa possível.
Atualmente três potenciais vacinas (dos Estados Unidos, da Inglaterra e China) estão na fase três dos ensaios clínicos.
A OMS referiu a este propósito que poderá ser possível que uma vacina esteja pronta para comercialização “na primeira metade de 2021”.
Relativamente às viagens, o Comite indicou que os países devem tomar medidas proporcionais e aconselhar os cidadãos em função dos riscos, avaliando as suas informações de forma regular.
Por outro lado, recomendou que os serviços de saúde sejam reforçados para permitir a identificação de novos casos e o rastreio de contatos.
Fonte: Agência Brasil
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