A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira (26) a operação Capture the flag (Capture a bandeira, em tradução livre).
Ação é contra um grupo suspeito de divulgar supostos dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos.
A operação foi deflagrada nos estados do Rio Grande do Sul e Ceará.
Um total de 20 agentes da PF participam.
Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão.
Entre os suspeitos, estariam dois menores de idade.
Especializados em invasão de redes públicas
Além da suspeita de divulgar dados ligados ao presidente – que teriam sido retirados de computadores do Exército –, o grupo conhecido como Digital Space era especializado na invasão de computadores de órgãos públicos para expor dados de funcionários públicos e autoridades.
De acordo com o inquérito, integrantes do grupo hacker obtiveram e expuseram ilegalmente dados pessoais de mais de 200 mil servidores e autoridades públicas.
O objetivo da organização seria “intimidar e constranger tanto as instituições quanto as vítimas que tiveram seus dados e intimidade expostos”, diz a PF.
Os ataques do grupo teriam resultado na invasão de universidades federais, prefeituras e câmaras de vereadores em Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. Também foram afetados um governo estadual e outros órgãos públicos não especificados pela PF.
“Há indícios, ainda, da prática de outros crimes cibernéticos por parte da organização criminosa, como compras fraudulentas pela internet e fraudes bancárias”, diz a nota divulgada pela PF sobre a operação.
O caso envolvendo Bolsonaro
Em 1º de junho, perfis no Twitter que dizem pertencer ao grupo hacker Anonymous Brasil divulgaram supostos dados pessoais do presidente e de membros da sua família.
Também tiveram informações vazadas o deputado estadual Douglas Garcia.
Os ministros Abraham Weintraub e Damares Alves foram atingidos.
E o dono da Havan, Luciano Hang também teve dados vazados.
Entre os dados divulgados estão informações como e-mails, telefones, endereços, perfil de crédito, renda, nomes de familiares e bens declarados.
Uma das contas que vazou as informações foi suspensa minutos depois, e o site onde estavam armazenadas saiu do ar.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) escreveu em sua conta no Twitter que o ataque era uma “clara tentativa de intimidação”.
E que “medidas legais estavam em andamento”.
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Foto: Divulgação/ Polícia Federal