No país de Bolsonaro milhões passam fome e vivem na pobreza
Amazonas tem mais da metade da população de pobres e só perde para o Maranhão

Ferreira Gabriel
Publicado em: 30/06/2022 às 17:04 | Atualizado em: 30/06/2022 às 19:03
O governo de Jair Bolsonaro conseguiu atingir mais um recorde. Desta vez é o número de pessoas que vivem na pobreza no Brasil.
Os dados são pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.
Quase 10 milhões de brasileiros passaram a viver em situação de pobreza de 2019 a 2021. É quase toda a população de Portugal.
A FGV Social usou dados do IBGE para criar o mapa da pobreza no Brasil. O levantamento leva em conta a definição do Banco Mundial do que é pobreza a partir da renda das famílias.
São quase 63 milhões de pessoas no Brasil que, no ano passado, viviam em domicílios onde a renda por pessoa não ultrapassava R$ 497 por mês.
O valor não dá para comprar uma cesta básica em nenhuma capital do país. A pesquisa mostra também um aumento dos que estão na chamada extrema pobreza. São 33 milhões de brasileiros que vivem com menos de R$ 289 por mês.
Pelo levantamento, que usa dados que começaram a ser coletados em 2012, esse é o pior cenário já registrado.
“Você tem a chegada da pandemia no país, a queda de ocupação, depois tem a chegada da inflação, inflação de alimentos, inflação dos pobres, que de alguma forma corroeu. Se a gente olhar no mercado de trabalho, está tendo uma recuperação do emprego, mas a renda do trabalho nunca esteve tão baixa quanto agora, porque a inflação está fazendo o papel de deteriorar a renda das pessoas”, explica Marcelo Neri, diretor da FGV Social.
A pesquisa também fez um retrato da pobreza no Brasil por estados. O Distrito Federal e 24 dos 26 estados brasileiros registraram piora, e em quatro deles o número de pessoas em situação de pobreza passa da metade da população.
Pobreza no Amazonas
De acordo com o mapa da fome do país, o Amazonas possui 54, 42% de pessoas que vivem na pobreza, ou seja, mais da metade da população do estado.
Conforme os dados, somente o Maranhão está a frente, com 59, 90%.
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Foto: Leonardo de França