Para melhorar ereção, virou febre dos ‘marombeiros’ nas academias

Mito ou verdade: remédio para disfunção sexual é altamente consumido por frequentadores de academias.

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 01/03/2025 às 18:30 | Atualizado em: 01/03/2025 às 18:35

A tadalafila, indicada para disfunção erétil, se popularizou nas academias. Muitos frequentadores de academia acreditam que ela melhora o desempenho nos treinos por ser um vasodilatador.

Mas isso é um mito. Não há comprovação científica de que a substância ajude na musculação. O uso indevido pode trazer riscos como infarto e queda brusca de pressão.

O fisiculturista Rodrigo Matos testou a substância durante sua preparação para competição. Ele esperava mais disposição, mas não notou diferença e abandonou o uso.

A facilidade de compra impulsiona o consumo sem prescrição. Em 2023, a tadalafila esteve entre os remédios mais vendidos do Brasil, com cerca de 43 milhões de unidades.

A coordenadora de Educação Física Tamiris Frazão alerta para os riscos do uso indevido. Além dos efeitos cardiovasculares, o remédio pode causar dores musculares e de cabeça.

O farmacêutico Josimar Girão destaca o crescimento do consumo entre jovens. Além disso, a substância pode causar acidentes graves durante os treinos devido aos efeitos colaterais.

Adicionalmente, o remédio também virou febre entre homens que buscam alto desempenho sexual. Consequentemente, o medo de falhar impulsiona o consumo, mesmo sem necessidade médica.

Em 2021, o ‘melzinho do amor’ foi popularizado e vendido como afrodisíaco natural. No entanto, continha tadalafila e foi proibido pela Anvisa. Apesar disso, o produto virou febre, mas apresentava sérios riscos à saúde.

Além disso, a terapeuta sexual Natacha Fraga explica que a pressão por uma performance impecável afeta a saúde mental. Afinal, a pornografia e a cultura do desempenho reforçam essa ansiedade.

Por fim, o consumo sem acompanhamento médico pode trazer mais problemas do que soluções. A busca pela “perfeição” é uma construção social que pode prejudicar a saúde física e mental.

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A matéria é do G1. Leia na íntegra.

Foto: divulgação