Pesquisa de Oxford e UFPE considera eleiĂ§Ă£o de 2018 sem fraude
"Foi a primeira vez em que um candidato vencedor alegou suspeiĂ§Ă£o do processo que regulou a sua prĂ³pria vitĂ³ria", diz pesquisador.

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 16/09/2022 Ă s 10:09 | Atualizado em: 16/09/2022 Ă s 10:17
Uma pesquisa inĂ©dito feito na Universidade de Oxford, na Inglaterra, nĂ£o encontrou qualquer evidĂªncia de irregularidades na contagem de votos das eleições brasileiras de 2018.
Trata-se de estudo realizado durante pĂ³s-doutorado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Segundo a BBC Brasil, os pesquisadores usaram alguns métodos que foram utilizados em eleições em outras partes do mundo.
Dessa forma, os mĂ©todos jĂ¡ mostraram sinais de possĂveis fraudes em paĂses como RĂºssia e Uganda.
A pesquisa foi revisada por pares e publicada em 7 de setembro no periĂ³dico cientĂfico Forensic Science International: Synergy.
Sobretudo, a revista internacional se dedica Ă ciĂªncia forense, campo do saber voltado Ă investigaĂ§Ă£o de crimes e assuntos legais a partir de conhecimentos tĂ©cnicos e cientĂficos.
Assim, no levantamento, os pesquisadores da UFPE utilizam cinco testes estatĂsticos diferentes, baseados em trĂªs metodologias distintas.
AlĂ©m disso, analisa os resultados da Ăºltima eleiĂ§Ă£o presidencial brasileira, a partir dos dados oficiais fornecidos pelo TSE.
Dessa maneira, a escolha para anĂ¡lise do ano de 2018 foi feita por se tratar de um evento singular na histĂ³ria eleitoral, explicam Dalson Figueiredo, Lucas Silva e Ernani Carvalho, autores do estudo.
“Foi a primeira vez em que um candidato vencedor alegou suspeiĂ§Ă£o do processo que regulou a sua prĂ³pria vitĂ³ria. As dĂºvidas quanto Ă integridade das apurações costumam ser feitas, exclusivamente, pelos candidatos derrotados”, destacam os pesquisadores, citando como exemplo desse padrĂ£o a contestaĂ§Ă£o da vitĂ³ria de Dilma Rousseff (PT) por AĂ©cio Neves (PSDB) em 2014 e da vitĂ³ria de Joe Biden por Donald Trump nas eleições americanas de 2020.
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Foto: Marcelo Camargo/AgĂªncia Brasil