75% das mulheres jĂ¡ sofreram assĂ©dio sexual no Brasil, revela pesquisa

A maioria dos casos ocorre em espaços pĂºblicos e transportes coletivos.

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Bruna Lira, da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas 

Publicado em: 08/03/2025 Ă s 17:37 | Atualizado em: 08/03/2025 Ă s 17:37

Uma pesquisa do Instituto Cidades SustentĂ¡veis, em parceria com o Ipec, revelou um dado alarmante: 75% das mulheres que vivem nas dez maiores capitais do Brasil jĂ¡ sofreram assĂ©dio sexual.

O estudo entrevistou 3.500 pessoas com 16 anos ou mais. Os resultados mostram que Porto Alegre lidera o ranking, com 79% das entrevistadas relatando ter vivenciado essa violĂªncia. Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro e Recife, ambas com 77%.

Por outro lado, Belo Horizonte e Fortaleza registraram os menores Ă­ndices. Ainda assim, os nĂºmeros sĂ£o preocupantes, com 68% das mulheres afirmando ter sido vĂ­timas de assĂ©dio.

Onde?

AlĂ©m de revelar a dimensĂ£o do problema, a pesquisa apontou os locais onde o assĂ©dio ocorre com mais frequĂªncia. Ruas, praças, parques e praias lideram a lista. Em seguida, aparecem o transporte pĂºblico e os serviços de aplicativo. AlĂ©m disso, ambientes de trabalho, bares e casas noturnas tambĂ©m foram citados. Nesses espaços, o assĂ©dio se manifesta de forma recorrente.

Diante desse cenĂ¡rio preocupante, a maioria dos entrevistados sugeriu medidas para combater o problema. Entre as soluções mais mencionadas, destacam-se o endurecimento das penas para agressores. Outra medida defendida Ă© a ampliaĂ§Ă£o dos serviços de proteĂ§Ă£o Ă s vĂ­timas.

AlĂ©m disso, a populaĂ§Ă£o cobra maior rapidez na investigaĂ§Ă£o das denĂºncias. Especialistas acreditam que essas ações podem reduzir significativamente os Ă­ndices alarmantes de assĂ©dio no paĂ­s.

Os dados da pesquisa deixam claro que o combate ao assĂ©dio sexual exige medidas concretas. AlĂ©m de polĂ­ticas pĂºblicas eficazes, Ă© fundamental promover mudanças culturais profundas. Garantir a segurança e o respeito Ă s mulheres em todos os espaços da sociedade nĂ£o Ă© apenas uma questĂ£o de justiça. É uma necessidade urgente para transformar a realidade brasileira.

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Foto: AgĂªncia Brasil/ BNC Amazonas