Pesquisadores brasileiros podem ter descoberto a cura da Aids 

A pesquisa envolveu, na sua primeira etapa em 2013, a participaĂ§Ă£o dos 30 voluntĂ¡rios que possuĂ­am carga viral indetectĂ¡vel.

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Publicado em: 07/07/2020 Ă s 17:07 | Atualizado em: 07/07/2020 Ă s 17:07

Pesquisadores brasileiros podem ter dado passos Ă  frente nas pesquisas pela descoberta da cura da Aids. Esses pesquisadores sĂ£o da Universidade Federal de SĂ£o Paulo (Unifesp).

Em sĂ­ntese, eles obtiveram resultados positivos numa experiĂªncia com 30 voluntĂ¡rios, conforme publicaĂ§Ă£o do Canaltech. 

As cobaias, no entanto, possuĂ­am carga viral indetectĂ¡vel e, por isso, nĂ£o podiam temporariamente transmitir a doença.

No mundo, sĂ£o mais de 37 milhões de pessoas convivendo com o vĂ­rus HIV, conforme a Unaids.

Com milhões de indivĂ­duos afetados diretamente ou indiretamente pela infecĂ§Ă£o, desde os anos 1980, chega a notĂ­cia da esperança de cura.

O trabalho cientĂ­fico Ă© coordenado pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz. Ele Ă© diretor do LaboratĂ³rio de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM/ Unifesp). 

A pesquisa envolveu, na sua primeira etapa em 2013, a participaĂ§Ă£o dos 30 voluntĂ¡rios que possuĂ­am carga viral indetectĂ¡vel. Ou seja, nĂ£o podiam temporariamente transmitir a doença. 

AlĂ©m disso, esses voluntĂ¡rios eram tratados com o coquetel tradicional, que Ă© o tratamento mais eficiente conhecido, atĂ© entĂ£o. O coquetel Ă© composto de trĂªs tipos de antirretrovirais. 

Agora, segundo informações preliminares, a equipe conseguiu eliminar a presença do HIV do organismo de um homem. 

O paciente vivia com esse vĂ­rus havia sete anos. E o tratamento experimental nĂ£o envolveu transplante de medula para a cura.

AtĂ© agora, esse paciente estĂ¡ hĂ¡ 17 meses sem sinal do micro-organismo. 

 

Como funciona a vacina

Aguardando a publicaĂ§Ă£o dos resultados finais do estudo desenvolvido pela Unifesp, um dos pacientes estĂ¡ hĂ¡ 17 meses sem a presença do HIV no organismo, apĂ³s esse tratamento nacional inĂ©dito, segundo a CNN.

Esse modelo de tratamento funciona a partir de cĂ©lulas dendrĂ­ticas — uma das principais cĂ©lulas do sistema imune para a identificaĂ§Ă£o de antĂ­genos — e Ă© feito de forma individual, sob demanda, para cada paciente. 

As cĂ©lulas dendrĂ­ticas sĂ£o importantes unidades funcionais no sistema imunolĂ³gico, porque capturam microrganismos prejudiciais no organismo.

Elas tambĂ©m apontam para os linfĂ³citos, outras cĂ©lulas do sistema, quais agentes infecciosos devem ser atacados.

Por sua vez, esses linfĂ³citos aprendem a identificar e eliminar o HIV presente no organismo, mesmo onde os antirretrovirais nĂ£o chegam ou, quando chegam, atuam de forma modesta no cĂ©rebro, intestinos, ovĂ¡rios e testĂ­culos. 

Leia texto completo no Canaltech 

 

Foto: ReproduĂ§Ă£o/Biomedicina PadrĂ£o