Presidente da Petrobrás diz que preço da gasolina não impacta no lucro
Ele lembrou ainda que o preço do petróleo também não pode ser considerado o único fator impulsionador dos resultados
Diamantino Junior
Publicado em: 08/05/2022 às 11:41 | Atualizado em: 08/05/2022 às 11:52
O presidente da Petrobrás, José Mauro Coelho, afirmou nesta sexta-feira (06) que preços de combustíveis não impactam de forma significativa os lucros da empresa, e que o principal vetor de ganhos é a área de Exploração & Produção de petróleo da companhia, ao responder manifestações do presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto.
“Não há uma relação significante entre os resultados da Petrobrás e os reajustes dos preços de combustíveis… para terem uma ideia, 80% dos ganhos no período foram provenientes das atividades, e de exploração e produção de petróleo…”, disse ele, durante entrevista a jornalistas, para comentar os lucros do primeiro trimestre.
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Ele lembrou ainda que o preço do petróleo também não pode ser considerado o único fator impulsionador dos resultados, citando que no primeiro trimestre de 2014 as cotações estavam próximas dos patamares vistos nos primeiros três meses deste ano, e a companhia não teve um resultado tão bom naquela época.
“Embora o preço do petróleo estivesse neste mesmo patamar (em 2014), a Petrobrás não teve o resultado que teve agora, porque não é simplesmente uma questão de preço elevado, mas sim questão de gestão eficiente, comprometida com a busca de resultados e de redução de custos”, destacou.
Estados e municípios lucram
A Petrobrás transferirá R$ 7,7 bilhões para estados e municípios, como parte da arrecadação com leilões dos volumes excedentes da cessão onerosa da companhia em áreas não concedidas do pré-sal. A matéria vai à sanção presidencial.
Projeto de lei, nesse sentido, foi aprovado, nesta quinta-feira (28), no Congresso Nacional.
Dos recursos previstos no projeto de lei do Congresso Nacional (PLN 3/2022), a Petrobrás transferirá R$ 3,489 bilhões aos estados e R$ 3,489 bilhões aos municípios.
Os R$ 698 milhões restantes serão repassados aos estados produtores, que fazem fronteira com a área das jazidas da Petrobrás.
A legislação limita a aplicação dos recursos recebidos por estados e municípios para despesas previdenciárias ou de investimentos.
As despesas previdenciárias não se limitam ao ente, mas também a todas as pessoas jurídicas de direito público e privado integrantes de sua administração direta ou indireta.
Os investimentos ficam condicionados à reserva para pagamento de despesas com fundos previdenciários e contribuições sociais, além do pagamento do parcelamento de débitos previdenciários até o final do mandato do prefeito ou governador.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil